Dólar recua na argentina, após medidas econômicas
No dia seguinte ao novo recorde do dólar frente ao peso argentino, o presidente Mauricio Macri ...
No dia seguinte ao novo recorde do dólar frente ao peso argentino, o presidente Mauricio Macri minimizou a situação. Ontem, após a forte alta da moeda americana na véspera, o Banco Central da República Argentina (BCRA) fez o prometido leilão de US$ 500 milhões, e o dólar fechou em queda de 0,98%, cotado a 30,42 pesos. No ano, porém, a moeda argentina recua mais de 50%.
" Não está acontecendo nada, fiquem tranquilos " foi a resposta de Macri aos jornalistas que o abordaram ontem, dia em que começaram a valer medidas econômicas importantes.
Os investidores receberam bem as medidas anunciadas na segunda-feira e que entraram em vigor ontem. A expectativa é que estas permitam ao governo uma economia de 65 bilhões de pesos até o fim do ano que vem, segundo o diário de negócios Ámbito Financiero. As medidas incluem, por exemplo, o processo da extinção do estoque das Lebacs (Letras do BCRA) e a suspensão, por seis meses, do programa de corte gradual de impostos sobre a exportação de farelo e óleo de soja.
As exportações de ambos os produtos são tributadas atualmente em 23%. Até o fim de 2019, os impostos de exportação de farelo e soja estarão em 18%, em comparação com os 15% planejados antes da suspensão.
O presidente do BCRA, Luis Caputo, disse ainda que a autoridade monetária "vai oferecer dólares à medida em que demandem dólares".
CRÉDITOS CONGELADOS
O governo argentino também planeja congelar créditos fiscais pelo pagamento de impostos. Além disso, foi suspenso o Fundo Federal Solidário, por meio do qual eram repassados a estados e municípios 30% da arrecadação de impostos com a soja. Esse Fundo foi criado em 2009.
Com o encolhimento da economia e o peso se desvalorizando frente ao dólar, a Argentina teve de buscar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 50 bilhões. Mas a redução do déficit é parte fundamental do acordo.