Jueves, 18 de Abril de 2024

Com proposta da Roma no currículo, Marcos Paulo é a nova aposta do Flu

BrasilO Globo, Brasil 23 de septiembre de 2018

Agência O Globo -
O sucesso de Pedro, que antes de se lesionar chegou à artilharia do Brasileiro e foi convocado por Tite, fez com que as atenções, de novo, se voltassem para Xerém

Agência O Globo -
O sucesso de Pedro, que antes de se lesionar chegou à artilharia do Brasileiro e foi convocado por Tite, fez com que as atenções, de novo, se voltassem para Xerém. "Que outras joias podem brilhar?", perguntam-se os torcedores do Fluminense. Candidatos não faltam. Mas um parece ter largado na frente. Aos 17 anos, Marcos Paulo já assinou contrato com multa de 45 milhões de euros (R$ 215 milhões), virou alvo do futebol italiano e, hoje, embarca para Portugal: foi convocado para treinar com a seleção sub-18 do país. Sob tantos holofotes, natural que o atacante gere expectativas. Não só fora como dentro do clube.
Recentemente, a diretoria recusou proposta oficial da Roma por ele. O valor é mantido em sigilo, mas comenta-se ser maior do que o pago pelo Sporting, de Portugal, por Wendel (7,5 milhões de euros). O clube entende ainda não ser a hora de vendê-lo. E crê que possa, em breve, destacar-se pela equipe principal.
Os olhos do técnico Marcelo Oliveira já estão sobre ele. Marcos Paulo iniciou o ano no sub-17, onde foi vice-campeão da Taça BH. Hoje, treina com os profissionais e integra a equipe que está nas semifinais do Brasileiro sub-20.
— Ele é muito focado. Tem muita vontade de fazer sucesso. Não é um finalizador nato. É mais de dar assistências, criar jogadas. E está conseguindo aprimorar as finalizações agora que treina no profissional — conta o coordenador-técnico da base tricolor, Marcelo Veiga, que identifica o diferencial de Marcos Paulo: — Tem passe diferente. E quando faz o giro ou dribla mostra muita imprevisibilidade. Pode jogar tanto de 9 quanto de meia.
Obstinação vem de berço
O atacante já atuou pelas seleções brasileira sub-15 e sub-17. A convocação para a seleção sub-18 portuguesa só ocorreu porque Marcos Paulo tem dupla cidadania. A escolha definitiva só ocorre quando ele jogar um torneio oficial pela equipe principal.
Seu avô materno é português. Mas a importância da família na carreira vai além da nacionalidade. A obstinação apontada por Veiga vem de berço.
Vítima de um atropelamento, sua mãe, Paula, teve um dos braços amputados. Já o pai, Marcos Aurélio, teve poliomielite e, hoje, é paraplégico. O atacante cresceu num ambiente de pessoas que aprenderam a superar as deficiências.
Seu primeiro técnico, na escolinha no bairro de Santa Izabel, em São Gonçalo, foi o próprio pai. Já a mãe trabalha na Andef (Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos), um dos clubes mais tradicionais do paradesporto brasileiro.
— Ele foi criado no meio de gente que luta para mostrar ser possível atingir os objetivos. Conheceu pessoas que foram à Paralimpíada e jogou bola com elas. Acho que isso foi um diferencial em sua formação — conta Paula.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela