Miércoles, 24 de Abril de 2024

Gabriel medina brilha em pipeline, no havaí, e conquista o bicampeonato mundial de surfe

BrasilO Globo, Brasil 18 de diciembre de 2018

tubo nosso

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Gabriel Medina é conhecido no circuito mundial de surfe pelo talento fora de série, claro, e pela competitividade. Rivais e comentaristas são unânimes ao afirmar que, quando ele entra no chamado "Modo Medina", é melhor sair da frente.
Ontem foi mais um dia nesta temporada em que o tal "Modo Medina" esteve ativado. O paulista de 24 anos surfou as ondas de Pipeline como se estivesse no quintal de casa, em Maresias. Pegando um tubo atrás do outro, venceu a última etapa do circuito, no Havaí, e conquistou o bicampeonato mundial, na mesma Pipeline onde havia feito história quatro anos atrás ao se tornar o primeiro brasileiro campeão do mundo.
O título foi confirmado com uma vitória sobre o sul-africano Jordy Smith nas semifinais. Com 16,27 pontos, Medina superou os 15,83 de Jordy. Nos segundos finais, ainda na água, o brasileiro recebeu os abraços do americano Kelly Slater e do australiano Julian Wilson, rival na briga pelo título, que já estavam prontos para a próxima bateria.
Na decisão, Medina não deu chances a Wilson, vencendo pela primeira vez a etapa de Pipeline.
Elogios aos rivais
Ao chegar na areia, mais festa. Carregado por amigos, Gabriel Medina deu um longo abraço no padrasto e na mãe, aos gritos de "bicampeão":
" Nem tenho palavras. Estou muito feliz de ver minha família orgulhosa de mim. É isso que me faz buscar o melhor. Trabalhei muito esse ano, foi um ano intenso, mas valeu à pena.
O brasileiro chegou ao Havaí na liderança do ranking, com uma confortável vantagem de quase cinco mil pontos sobre os dois surfistas que ainda estavam na briga " o australiano Julian Wilson e o compatriota Filipe Toledo. Os dois precisavam de um desempenho quase perfeito no Havaí, chegando no mínimo à final, para ficar com o título.
" Julian e Filipe são grandes pessoas e grandes surfistas, sou fã deles. O nível está muito alto no circuito, todos os caras me fazem treinar mais, surfar mais, isso me motiva muito " elogiou.
Filipinho deu adeus à briga na terceira fase em Pipeline, derrotado por Kelly Slater. Julian Wilson fez o seu papel e foi avançando, até chegar à final. Mas com a vitória de Medina sobre Jordy Smith, não havia nada que o australiano pudesse fazer.
Se fosse preciso escolher um momento decisivo para representar a conquista, seria impossível não pensar na bateria das quartas de final, contra o americano Conner Coffin. Medina começou mal e viu seu rival pegar duas boas ondas em poucos minutos. Contra as cordas, o brasileiro iniciou seu espetáculo. Entrou no "Modo Medina" e desceu uma esquerda em um belo tubo e, não contente, acertou um incrível aéreo. Pressionado, vibrou muito, com socos no ar. Nota 9,43. Logo depois, Medina encontrou uma onda ainda melhor, agora para a direita, em um tubo longo e difícil, do tipo que só pode ser completado pelo mais talentoso dos surfistas. Os juízes reconheceram o feito com um 10 unânime.
Ao contrário do que vinha ocorrendo nas últimas temporadas, quando tinha resultados fracos na primeira metade do ano para depois arrancar na reta final, Medina foi regular. A primeira etapa, na Gold Coast, foi a única em que o brasileiro não passou da terceira fase. Na segunda, em Bells Beach, já alcançou as semifinais. Constante, teve ainda três quintos lugares antes de mostrar que 2018 seria, de fato, seu ano.
Ano brasileiro
A primeira vitória da temporada veio em Teahupoo, no Taiti, onde Medina já havia vencido em 2014. Na sequência, outra vitória, agora nas ondas artificiais do Surf Ranch, na Califórnia. A liderança do ranking, porém, só foi conquistada no evento seguinte, quando chegou às semifinais na França e viu Filipe Toledo perder prematuramente. Outra semifinal, em Portugal, deixou o brasileiro praticamente com a mão na taça.
O título de Gabriel Medina também coroa um ano de domínio quase total dos brasileiros. De 11 etapas, nove foram vencidas pela chamada "brazilian storm". Italo Ferreira foi o melhor em Bells, Bali e Portugal, Filipinho venceu em Saquarema e Jeffreys Bay, Willian Cardoso faturou a etapa de Uluwatu e Medina venceu no Taiti, Surf Ranch e Havaí.
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