Jueves, 25 de Abril de 2024

Turbulência política e juros baixos seguirão pressionando o dólar

BrasilO Globo, Brasil 18 de noviembre de 2019

A combinação de guerra comercial, instabilidade na América Latina e juros historicamente baixos ...

A combinação de guerra comercial, instabilidade na América Latina e juros historicamente baixos seguirá pressionando o câmbio no Brasil nas próximas semanas, afirmaram especialistas. E isso no momento em que a moeda americana ronda o que os analistas chamam de "barreira psicológica" dos R$ 4,20, após acumular alta de 4,5% no mês.
Uma razão foi pontual: a frustração com o megaleilão do pré-sal, que vai atrair fluxo de apenas US$ 1,7 bilhão este ano. Antes do leilão, o banco Crédit Suisse estimava que o certame iria proporcionar a entrada de US$ 9 bilhões.
Mas há também fatores estruturais para a alta. Na semana passada, o economista-chefe do banco Itaú, Mario Mesquita, sugeriu, em evento em São Paulo, que a dinâmica cambial brasileira mudou. Segundo ele, com a redução da Selic, o real deixou de ser moeda para investimento especulativo " que se fortalece com o fluxo de dólares atrás de juros polpudos " para estar mais atrelada ao crescimento.
Essa seria uma das razões para o fluxo cambial estar negativo em US$ 21,2 bilhões no ano. Para Italo Lombardi, do Crédit Agricole, a capacidade do Brasil de atrair capital especulativo já está abaixo da do México e deve ficar menor que a da Colômbia.
Mas a recente turbulência política nos vizinhos latino-americanos e o duradouro conflito comercial sino-americano potencializam a pressão sobre o câmbio brasileiro.
" A tendência é que fiquemos flutuando nesse intervalo largo, entre R$ 4,05 e R$ 4,25, porque os emergentes estão muito à mercê do conflito entre China e EUA e da política monetária dos bancos centrais " disse Lombardi.
Na sexta-feira, os especuladores elevaram para a maior posição em um mês suas apostas na alta do dólar em escala global, segundo dados do Mercado Monetário Internacional (IMM, na sigla em inglês).
O banco Wells Fargo previu, também na sexta, que o dólar encerrará o ano em R$ 4,20 e terminará o primeiro trimestre de 2020 em R$ 4,15. Segundo os especialistas, para quem vai viajar, o ideal é comprar dólares aos poucos, de modo a diluir o risco.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela