Viernes, 29 de Marzo de 2024

Entre o bom senso e a paixão

BrasilO Globo, Brasil 18 de febrero de 2020

Cora Rónai

Cora Rónai
Há novos topos de linha Galaxy no mercado e, como costuma acontecer nessas ocasiões, há uma dúvida corroendo o coração dos early adopters, aquela tribo para quem tecnologia é (quase) tudo e que quer ter sempre o que há de mais novo e de mais poderoso em mãos: onde apostar as suas fichas? Qual modelo comprar? A situação se complica na atual temporada porque, além de três diferentes modelos do S20, o sucessor do S10, há dois dobráveis no portfólio da Samsung, o Fold, que chegou há pouquíssimo tempo ao Brasil, e o ZFlip, que chegará em breve. E agora?
Um smartphone não é um brinquedo barato. Para a maioria de nós " mesmo para muitos early adopters " é uma compra pesada, que implica o compromisso de várias prestações. Um erro de escolha não é o fim do mundo, mas é uma frustração.
Sempre acreditei que tecnologia não é área para economizar. Aparelhos mais caros não são mais caros à toa. O meu conselho é: quando comprar um smartphone, gaste o máximo que puder. Não há nada na sua vida, pessoa ou objeto, com que você conviva mais.
De modo que, em tese, a charada estaria resolvida com o S20 Ultra, não só o aparelho mais poderoso da Samsung, como o smartphone mais poderoso que já vimos até aqui, ponto. Ele tem uma câmera de 108MP com um inédito zoom de 100x, bateria de 5000 mAh, até 16GB de RAM e 512GB de armazenamento interno. Mas com 6,9 polegadas e 220 gramas, ele também é grande e é um pouco mais pesado do que seria confortável.
S20+ e S20, com 6,7 e 6,2 polegadas respectivamente, e pesando 186g e 163g, também têm ótimo desempenho, e podem ser opções para quem não quer um celular tão volumoso; eles também têm câmeras excepcionais, de 64MP, com zoom de 30x. E dividem com o Ultra uma capacidade chamada Single Take que, possivelmente, vai ter mais impacto no cotidiano dos seus usuários do que o próprio zoom: com ele, a câmera faz, ao mesmo tempo, tudo o que consegue fazer, de captura de vídeos a fotos, imagens em grande angular, fotos dinâmicas, cortes especiais e toda uma série de gracinhas, para ninguém precise se angustiar se, diante de uma cena única, fará foto ou vídeo.
Comparados com esses superpoderes, Galaxy Fold e Galaxy Z Flip são aparelhos modestos. Suas câmeras são ótimas, mas não sapateiam nem fazem juras de amor eterno para o usuário.
O que os dois têm a seu favor é que dobram, e isso ainda é um feito raríssimo no universo smartphone. O Galaxy Fold dobra ao comprido e se transforma em um pequeno tablet quando aberto. É muito interessante. Mas o Galaxy Z Flip dobra ao meio, cabe no bolso, faz sentido e é supersexy. Custam o PIB da Bolívia? Custam, mas são apaixonantes.
A família S20 é a escolha de bom senso, potência máxima, que não tem erro, o Rolls Royce sólido que compra quem pode, usa quem tem juízo. Galaxy Fold e Galaxy Z Flip são paixões, Porsches conversíveis que seduzem pela engenharia e pelas suas curvas, e que todo mundo se vira para olhar na rua.
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