A volta ao ar (e a despedida) de uma grande série
Crítica
Crítica
Premiadíssima trama estrelada por Michael Douglas e Alan Arkin, "O Método Kominsky" vai acabar. Antes, entretanto, terá uma terceira temporada. O anúncio, feito pela Netflix na última semana, serve como um oportuno lembrete para o espectador que ainda não assistiu às duas primeiras levas de episódios e anda em busca de algo para devorar. Com todos os motivos, a série e Douglas conquistaram o Globo de Ouro ano passado, entre outros prêmios importantes.
O enredo retrata a relação de Sandy Kominsky (Douglas) com seu melhor amigo, o viúvo Norman Newlander (Arkin). O primeiro foi um ator de sucesso em priscas eras e tem uma coleção de ex-mulheres. Agora, septuagenário, toca uma escola para jovens talentos em Los Angeles e mantém os antigos vícios de sedutor, mas sem o sucesso do passado. O segundo, um rabugento incorrigível, foi um agente famoso, está aposentado e fica sem chão ao perder a mulher. A uma certa altura, encontra um novo amor. Através desses dois homens maduros, a trama fala das vicissitudes da velhice. A saúde rateia " ambos reclamam da próstata ", a solidão entristece e por aí vai. Mas tudo isso é tratado com humor refinado e muita doçura. As participações especiais também são de alto nível: Jane Seymour e Kathleen Turner já passaram por ali.
Nestes tempos de pandemia, essa narrativa tem tudo para abraçar ainda mais um tema delicado: a rotina de quem faz parte de um grupo de risco. A conferir. Por ora, ainda não há uma data prevista para a reestreia. É para aguardar ansiosamente.