Jueves, 28 de Marzo de 2024

Papa tem encontro histórico com clérigo xiita do iraque

BrasilO Globo, Brasil 7 de marzo de 2021

Na primeira viagem de um chefe da Igreja Católica ao Iraque, o Papa Francisco foi ontem à cidade ...

Na primeira viagem de um chefe da Igreja Católica ao Iraque, o Papa Francisco foi ontem à cidade sagrada xiita de Najaf, ao sul de Bagdá, para se encontrar com o grande aiatolá Ali al-Sistani. Ele também visitou a região de Ur, apontada pelo Antigo Testamento como o local de nascimento do patriarca Abraão, cultuado nas três principais religiões monoteístas. No local, Francisco condenou a violência em nome de Deus como "a maior blasfêmia" possível.
" Deste lugar, onde nasceu a fé, da terra de nosso pai Abraão, vamos reafirmar que Deus é misericordioso e que a maior blasfêmia é profanar seu nome odiando nossos irmãos e irmãs" disse Francisco em Ur.
Sistani, de 90 anos, é uma das figuras mais influentes da vertente xiita do Islã, dentro e fora do Iraque, e o encontro foi o primeiro entre um Papa e um alto clérigo xiita. Após a reunião, Sistani pediu aos líderes religiosos mundiais que cobrassem responsabilidade das grandes potências e que a sabedoria e o bom senso prevaleçam sobre a guerra.
O encontro entre o aiatolá e o Papa de 84 anos, a portas fechadas, aconteceu na casa humilde de Sistani, localizada perto da cúpula dourada do santuário do imã Ali em Najaf. Com este encontro religioso, um dos mais importantes da História, o papa argentino quer estender a mão ao islamismo xiita, mas também apoiar os cristãos do Iraque, que hoje são 1% da população do país, contra 5% antes da invasão americana de 2003 e das ofensivas terroristas da al-Qaeda e do Estado Islâmico (EI).
Na peregrinação a Ur, Francisco insistiu em rezar com dignitários yazidis " uma pequena minoria do Iraque martirizada pelos extremistas do EI " e também com sabeus e zoroastristas, comunidades milenares no país, além dos muçulmanos, xiitas e sunitas.
O Papa, que iniciou sua visita de quatro dias ao Iraque em Bagdá na sexta, também celebrou uma missa pública na Igreja de São José, na capital, Bagdá, diante de uma congregação de fiéis e líderes políticos, afastados uns dos outros em cumprimento às normas de distanciamento devido ao novo coronavírus. A missa foi traduzida em árabe e aramaico. Hoje, ele viaja para o Norte, para Mossul, que durante três anos foi a capital do "califado" do EI no Iraque e onde igrejas e edifícios ainda carregam marcas do conflito.
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