Viernes, 19 de Abril de 2024

Disputa polêmica por guarda de menina de 3 anos em Santa Catarina repercute nas redes sociais

BrasilO Globo, Brasil 22 de abril de 2021

Agência O Globo -
Ganhou enorme repercussão nas redes sociais um embate judicial pela guarda de uma menina de 3 anos em Santa Catarina

Agência O Globo -
Ganhou enorme repercussão nas redes sociais um embate judicial pela guarda de uma menina de 3 anos em Santa Catarina. Informações do caso, que corre em segredo de Justiça, foram inicialmente expostas pela mãe da criança numa conta no Instagram que já soma mais de 700 mil seguidores. Diante do alcance que a história tomou, o pai da menina decidiu divulgar sua versão dos fatos. Enquanto isso, internautas se dividem entre quem está com a razão.
A mãe da menina, Tatiana Mari da Silva, acusa o pai e a madrasta de maus-tratos a sua filha e chegou até mesmo a sugerir que o filho da madrasta, de 5 anos, tenha abusado sexualmente dela. Em videos postados no Instagram, a criança aparece chorando quando estaria sendo deixada na casa do pai, para onde ela não gostaria de ir. No entanto, as imagens, que viralizaram na última semana, já foram excluídas da rede social. À princípio, internautas mostraram apoio à mãe, compartilhando a hashtag #justiçaporlauraorlandi, seguindo a campanha iniciada por Tatiana, acompanhados por pessoas públicas que informaram estarem acompanhando o caso.
Embora o perfil @justiçaporlauraorlandi tenha sido criado em dezembro de 2020, ele recebeu maior atenção recentemente, muito em razão da repercussão nacional da morte de Henry Borel, aos 4 anos, no Rio. Após Tatiana perder a guarda da filha na Justiça, ela fez uso das redes para atrair apoio do público. Quando viralizou, não tardou, porém, a aparecer o contraponto apresentado pelo pai.
Representado pelo escritório André Mello Filho Advogados Associados, Cristiano da Silva Orlandi resolveu divulgar sua versão dos fatos. Segundo ele, a partir de novembro de 2020, a guarda da menina deixou de ser compartilhada e se tornou unilaterial, conforme decisão do desembargador Ricardo Fontes favorável a Cristiano. A mãe não teria entrado com recurso no tribunal, de acordo com o pai, que afirma que Tatiana perdeu a guarda por causa de "uma série de fatos graves".
"Não podemos esquecer que se trata de um processo judicial envolvendo criança, que tramita em segredo, e que a realização da Justiça compete ao Poder Judiciário. Mas vale ressaltar que o recurso de Cristiano Orlandi recebeu parecer favorável do Ministério Público de Santa Catarina, instituição que tem como uma das suas principais funções a defesa dos interesses e a proteção integral das crianças", disse o advogado Rodrigo Fernandes Pereira.
Uma das razões para Cristiano ter entrado na Justiça pela guarda da filha teria sido um abaixo-assinado feito no condomínio de Tatiana em 2019, recebendo assinaturas de vários moradores. O texto acusa a mãe da criança de ter "comportamento antissocial" e causar "barulhos excessivos como som alto, gritos de sua filha o tempo todo, e visitas frequentes de figuras masculinas diversas a qualquer horário do dia ou da noite com uso de bebidas alcoólicas e barulhos obscenos constrangendo e perturbando os vizinhos, além de comprometer a segurança dos que ali residem".
Procurado, o corretor de imóveis a quem o documento foi direcionado naquela época disse que nada tem a declarar.
Diante dos argumentos apresentados pelo pai, usuários das redes sociais ficaram com a opinião dividida sobre o caso, com alguns se mostrando favoráveis a mãe por acreditarem na versão dela e outros demonstrando apoio ao pai, por confiarem em seus motivos para pegar a guarda para si.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela