Sábado, 20 de Abril de 2024

Brasil mantém patamar alto de mortes, mas tem queda do número e chega a 2.070 registradas em 24h

BrasilO Globo, Brasil 22 de abril de 2021

Agência O Globo -
RIO — O Brasil registrou 2

Agência O Globo -
RIO — O Brasil registrou 2.070 mortes por Covid-19 nesta quinta-feira, totalizando 383.757 vidas perdidas para o novo coronavírus. A média móvel foi de 2.543 óbitos, 14% menor que o cálculo de duas semanas atrás. Qualquer variação menor do que 15% indica estabilidade no número.
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Desde às 20h de quarta-feira, 50.023 novos casos foram notificados pelas secretarias de saúde, totalizando 14.050.885 infectados pelo Sars-CoV-2. A média móvel foi de 59.149 diagnósticos positivos, 11% menor do que o cálculo de 14 dias atrás, o que também indica estabilidade no número.
Os números, no entanto, podem estar subestimados por conta do feriado da véspera, o que costuma represar diagnósticos.
A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
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Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
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Vinte e um  estados atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quinta-feira. Em todo o país, 27.941.186 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 13,20% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 11.331.407 pessoas, ou 5,35% da população nacional.
A baixa cobertura vacinal no país na segunda onda da pandemia de Covid-19  é uma das principais preocupações de estados e municípios. Em audiência púbica no Senado nesta quinta-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) apontaram a necessidade de aumento no orçamento para garantir o enfrentamento da pandemia, principalmente diante da previsão de um cenário de escassez de imunizantes para os próximos meses.
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—  Eu acho que a gente tem um cenário difícil, dificílimo. Para os próximos dois meses a gente deve ter um cenário de escassez de vacinas, isso é preciso ser dito. A gente não sabe o que vai acontecer com a Índia, onde há um recrudescimento muito grande da doença, que é o maior exportador de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), a gente não sabe o que pode acontecer — disse Carlos Eduardo Lula, presidente do Conass.
A questão orçamentária é considerada crucial neste momento. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falta de planejamento do governo federal, que não reservou dinheiro para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 em 2021. Na audiência, representantes do tribunal explicaram que o processo ainda depende de uma decisão dos ministros. Técnicos do TCU defendem um orçamento separado para o combate à Covid.
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— A falta de uma rubrica específica para Covid, assim como nós tínhamos no orçamento de guerra no ano passado, é algo que preocupa — disse o secretário de controle externo do TCU, Marcelo Chaves Aragão.
Além disso, foi destacada a crise de fornecimento do " kit t intubação" para pacientes internados com coronavírus. Segundo o Conasems, o aumento de 19 mil leitos de UTI para Covid neste ano impactou no consumo de medicamentos e na necessidade de mais profissionais. Foi detectado um número maior pacientes jovens, obesos e que precisam mais oxigênio e medicação. Também houve diminuição de internações de pacientes com mais de 80 anos e de profissionais de saúde, que já foram vacinados.
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O coordenador-geral de Controle de Sistemas e Serviços de Saúde do Ministério da Saúde, Josafá dos Santos, garantiu que o governo federal tem feito o possível para o enfrentamento da pandemia.
Segundo dados do ministério, das 27 unidades da federação, 19 ainda estão com taxa de ocupação de leitos acima de 80%. Os estados do Ceará, Santa Catarina e Espiírito Santo têm ocupação mais elevada. Uma redução na ocupação dos leitos foi percebida em parte pela abertura de nova unidades, assim como na diminuição da internação de casos graves.
— O ministério vem fazendo a parte ele, medindo todos os esforços para que não faltem leitos de UTI — afirmou o coordenador.
Senadores também indagaram sobre o estoque de vacinas ainda não aplicadas nos municípios. Segundo os representantes dos secretários de saúde, existe uma "confusão" em relação ao assunto, porque a reserva é feita conforme orientação do Ministério da Saúde para aplicação da segunda dose.
O secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, questionou a diferença no número de doses de vacinas enviadas ao estado. Segundo ele, enquanto outros estados da região Norte receberam cerca de 80% das doses do grupo prioritário, Rondônia recebeu apenas 65%. Haveria um déficit de 69 mil doses.
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou na audiência que "não vai faltar dinheiro" para o combate à pandemia. O Senado aprovou projeto que autoriza estados e municípios a usarem R$ 26 bilhões disponíveis nos fundos estadual e municipal de Saúde que sobraram do ano passado. A Câmara ainda irá analisar a proposta.
— São quase 26 bilhões, que podem ser gastos em 2021 pelos prefeitos e também pelos secretários estaduais de saúde — disse o senador.
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