Conselho da petrobras se reúne em meio a pressão sobre preços
Apesar da expectativa de alta do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras vai ...
Apesar da expectativa de alta do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras vai esperar as duas próximas semanas para avaliar "tecnicamente" o movimento que será feito nos preços dos combustíveis, explicou uma fonte ligada ao alto comando da estatal. No dia 21, ocorrerá a próxima reunião do Conselho de Administração da estatal, porém, a pauta ainda não está fechada. Fontes dizem que há grandes chances de a discussão envolvendo os preços dos combustíveis dominar o encontro.
O pedido do governo é que a Petrobras continue reduzindo os preços de gasolina, diesel e GLP (gás de botijão). Uma fonte destaca que o clima é de tensão na estatal, pois uma alta dos combustíveis neste momento "não é uma hipótese a ser aceita" pela equipe de Jair Bolsonaro.
Circula, aliás, entre funcionários da estatal, que uma possível alta nos preços poderia gerar a demissão de Caio Paes de Andrade do comando da companhia. Mas essas mesmas fontes lembram que o executivo, alinhado com o governo, sequer considera essa hipótese. Por isso, o governo vem tentando mudar alguns diretores, como o das áreas financeira e de comercialização. Ambos fazem parte do comitê que decide sobre os preços.
Na mesa também está uma possível mudança na diretoria de Governança, responsável por vetar decisões do comitê. Segundo fontes, a estatal já prepara uma redução no preço do GLP, como revelou O GLOBO.
Ontem, o petróleo tipo Brent fechou em alta de 1,59%, a US$ 94,85. No início deste mês, a cotação estava em US$ 79,68. Para analistas, o valor deve seguir pressionado por conta do corte na produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).
Segundo a Abicom, que reúne as empresas importadoras de combustíveis, a gasolina está 9% mais barata no Brasil do que no exterior e o diesel tem preço 8% menor.