Anfitriã de princesa no rio, gsk mira expansão

Há apenas três meses no cargo, o presidente da GSK no Brasil teve ontem uma missão diplomática: ciceronear a princesa Astrid da Bélgica em visita ao laboratório da biofarmacêutica em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio onde a multinacional britânica está sediada no Brasil.
" A Princesa Astrid fez questão de vir aqui porque é na Bélgica que a GSK produz a maior parte de suas vacinas, em Wavre (a meia hora de Bruxelas). E casou com o fato de que vamos celebrar 40 anos de parceria com o programa brasileiro de vacinação, com a vacina da gotinha " explica à coluna Patrick Eckert, suíço que passou antes por Novartis e Roche.
As vacinas são um dos principais filões da GSK no Brasil, respondendo por R$ 1,5 bilhão do faturamento da companhia aqui, que soma cerca de R$ 3,5 bilhões. Grande parte é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e produzida no Brasil, sempre por meio de parcerias com instituições como Fiocruz e Butantã. Mas a companhia está ampliando o portfólio.
" Estamos com novas vacinas. Há um ano e meio lançamos a única vacina no Brasil contra a herpes-zóster. Por ora, é vendida apenas na rede privada, mas estamos submetendo para inclusão na rede pública. Na vacina Meningocócica B, estamos justamente fazendo a transição do privado para o público. E, em maio, lançamos a Arexvy, vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em pessoas com 60 anos ou mais " conta o executivo, que nasceu na região francófona da Suíça e é filho de pai mexicano e mãe originária da região germanófona do país.
Dois dígitos
Além das vacinas, a GSK é forte nos tratamentos para HIV e nas áreas de oncologia e imunologia/respiratória. Essas duas últimas áreas, especificamente, estão entre os principais focos de crescimento de portfólio no Brasil.
" Estamos com 12 lançamentos para o ano que vem. Vamos lançar tratamento de mielofibrose (câncer sanguíneo raro). Também estão previstos tratamento para câncer de ovário e trabalhando na inclusão de tratamentos para canceres ginecológicos no SUS " afirma Eckert, prevendo: " Devemos crescer dois dígitos este ano e também no próximo ano.
O Brasil é o sexto maior mercado da GSK no mundo, atrás apenas de EUA, Japão e alguns países europeus.