Domingo, 07 de Diciembre de 2025

Sem um goleador, ataque do brasil despenca no pós-2022 e tenta reagir

BrasilO Globo, Brasil 15 de noviembre de 2025

Não é só um detalhe

Não é só um detalhe
Depois de sofrer três gols na derrota para o Japão, em outubro, o técnico Carlo Ancelotti voltou seu foco para o sistema defensivo da seleção brasileira. Por isso, a grande novidade para o jogo contra o Senegal, às 13h (de Brasília), em Londres, será a presença de Éder Militão na lateral direita. Mas não é só atrás que o italiano precisa ficar de olho. Assim como a defesa, o ataque também sente os impactos do conturbado ciclo preparatório para 2026. Tradicionalmente um dos trunfos do Brasil, a força ofensiva despencou.
O pós-2022 tem sido marcado pela escassez de gols: 53 em 31 partidas. No ciclo para a Copa de 2022 haviam sido 125 (em 55 jogos). Já no anterior (para 2018), 109, em 52 partidas.
É verdade que o ciclo atual ainda não terminou e que ele será excepcionalmente menor, já que a última Copa foi realizada seis meses mais tarde do que o habitual. Mas a falta de eficiência na frente fica evidente quando comparadas as médias de gols: 1,71 agora contra 2,27 do período que foi até o Mundial do Catar e 2,09 do anterior (França-18).
Rodrygo tem oito gols
Difícil definir se é causa ou consequência, mas este período também é marcado pela ausência de artilheiros. Os maiores goleadores do ciclo atual com a Amarelinha não chegam a 10 marcados. A liderança é de Rodrygo, com oito em 23 partidas (média de 0,35); em seguida vêm Raphinha, com seis em 20 (0,3) e Vini Jr, com seis em 23 (0,26).
Seja em total de gols ou na média, os números do trio no ciclo são muito inferiores aos dos artilheiros da seleção no período que foi até a Copa do Catar. Neymar marcou 20 vezes em 34 jogos pela seleção (0,59). Já Richarlison balançou as redes o mesmo número de vezes, mas em 48 compromissos, o que dá uma marca de 0,41 por partida.
Só que Neymar não defende a seleção há mais de dois anos e, em má fase no Santos, parece cada vez mais distante de um retorno. Richarlison também amarga má fase: ele não balançou as redes uma vez sequer pela seleção neste ciclo. Seu último gol foi diante da Coreia do Sul, na Copa do Catar.
A crise da camisa 9 na seleção é tão grande que Ancelotti se apega aos números de Richarlison no ciclo anterior para justificar a insistência nele. Mas o técnico admitiu, na última convocação, que a ideia inicial para os jogos contra Senegal e Tunísia era dar uma chance a Pedro. Só que o centroavante do Flamengo acabou fraturando o antebraço direito uma semana antes da divulgação da lista.
Essa dor de cabeça não atormenta os principais concorrentes da seleção para a Copa 2026. Na Argentina, que já marcou 77 gols em 35 jogos, Messi continua o mesmo jogador decisivo que liderou a conquista do tricampeonato mundial no Catar. No ciclo atual, ele já marcou 17 nas 24 vezes que foi a campo " média de 0,7. E não está sozinho. Lautaro Martínez soma 15 em 29 partidas (0,52).
A Inglaterra, que marcou 84 vezes neste ciclo, conta com o faro de gols de Harry Kane, autor de 23 em 30 jogos (0,76) pelo English Team após 2022. Já na seleção portuguesa, que registra 98 gols, Cristiano Ronaldo ostenta a impressionante marca de 25 marcados em 29 partidas (0,86).
Estêvão é uma esperança
A Copa que será disputada nos EUA, no México e no Canadá promete ser dos artilheiros e dos grandes ataques. Fulminante, a Espanha já passou da marca dos 100 gols no ciclo. Eles estão mais distribuídos entre os jogadores, mas o protagonismo é de Oyarzabal, que balançou as redes 13 vezes em 28 partidas (0,46).
Os números do ataque brasileiro na era Ancelotti ainda são tímidos, mas já são levemente superiores aos da seleção no ciclo. Foram 11 gols em seis partidas até aqui " média de 1,83. Estêvão é o artilheiro do período, com três.
A principal intervenção do treinador foi a definição do esquema com quatro atacantes, com os homens de frente apresentando uma movimentação intensa para confundir os marcadores rivais. Neste sentido, o Senegal representa um grande teste para a seleção de Ancelotti, já que será o adversário mais forte desde que ele assumiu o comando.
" O que posso dizer é que vamos manter o mesmo sistema do jogo contra a Coreia. Creio que todas as vezes em que a equipe jogou com dois pivôs as coisas saíram bem. É o melhor sistema, na minha opinião, com jogadores muito fortes na frente. Mas não vamos descartar um esquema mais sólido atrás " adiantou o técnico.
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