Bolsonaro veta a distribuição de todo o lucro do fgts

O governo voltou atrás na distribuição de todo o lucro do FGTS entre os trabalhadores. O dispositivo, aprovado na medida provisória (MP) que autoriza o saque do FGTS, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, até que o Conselho Curador do FGTS defina o percentual, fica valendo a legislação anterior, que prevê a repartição de apenas metade do resultado líquido anual do Fundo.
A distribuição da metade do lucro entre os milhões de cotistas do fundo é feita proporcionalmente ao saldo existente na conta vinculada em 31 de dezembro do ano anterior. Esse crédito é depositado nas contas até 31 de agosto. Como a MP foi editada em julho, neste ano houve a divisão integral dos R$ 12,2 bilhões do lucro de 2018. Este ganho representou rentabilidade 33,8% maior do que a poupança.
saque extra dia 20 na caixa
O trabalhador que possuía R$ 100 mil de saldo em sua conta vinculada recebeu R$ 3 mil referente à distribuição de lucro em 2019. No ano que vem, poderá embolsar somente R$ 1.500, se a distribuição ficar em 50%.
A lei do saque do FGTS foi sancionada ontem pelo presidente, que vetou dispositivo incluído pelo Congresso que limitava subsídios do FGTS ao Minha Casa Minha Vida. Com isso, ficam mantidos os R$ 9 bilhões reservados ao programa no orçamento de 2020. Os vetos foram pedidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.
A lei amplia o limite de saque das contas individuais para quem tinha na conta vinculada até um salário mínimo (R$ 998) em 24 de julho, data da emissão da MP. Anteriormente, somente estava permitido sacar até R$ 500 por conta. O teto continua valendo para os cotistas com saldo acima do salário mínimo.
A ampliação do saque vai beneficiar 10,1 milhões de trabalhadores e deve injetar na economia R$ 2,6 bilhões até o Natal. Ontem, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães , assegurou que o pagamento será feito de uma só vez:
" A Caixa vai realizar esse pagamento no dia 20 de dezembro. A Caixa está preparada para fazer o pagamento com muita tranquilidade. (Colaboraram Pollyanna Brêtas e André Machado)