‘Vai, barracão/pendurado no morro/e pedindo socorro/a cidade a seus pés’

Em julho, agora, o nascimento de Elizeth Cardoso, uma das maiores intérpretes da MPB, completa 100 anos. Parênteses: duvido alguém não se emocionar ouvindo ela cantar "Barracão de zinco" (1953), de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, com Zimbo Trio e Jacob do Bandolim. Para lembrar o centenário da "Divina", o Corujão da Poesia abre hoje no Cine Joia, em Copacabana, uma série de recitais de músicas interpretadas por ela, além de uma campanha pelas redes sociais lembrando a efeméride.
Em São Paulo, os eventos já estão bem mais adiantados. Aliás, Elizeth Cardoso fez parte de um grupo de artistas da velha guarda (ao lado de outros notáveis como Pixinguinha, João da Baiana, Cartola e Clementina de Jesus) insistentemente divulgados e incensados pelo poeta e compositor Hermínio Bello de Carvalho, 84 anos, que amanhã será homenageado com o título de Doutor Honoris Causa pela Unirio. Também merece.
Ana Cláudia Guimarães