A estreia da quarta temporada de ‘la casa de papel’
Crítica
Crítica
Quem conferir a quarta temporada de "La casa de papel" " lançada na última sexta-feira pela Netflix " vai esbarrar numa ironia. A série, afinal, popularizou suas máscaras, mas por razões lúdicas, totalmente alheias à pandemia do coronavírus. Agora, volta ao ar quando o público do streaming cresceu 31% no mundo, graças à quarentena. E as máscaras ganharam outro significado.
No primeiro episódio, a aventura repete a dinâmica de sempre. Reencontramos parte dos personagens dentro do cofre do Banco da Espanha. Eles trabalham febrilmente para derreter o ouro que tencionam roubar. Esse núcleo enfrenta os conflitos das temporadas anteriores: discordâncias, ciúmes e desobediência. Quando isso ocorre, apontam as para as cabeças uns dos outros até a tensão baixar. Aí, surgem outros pequenos dramas para puxar a trama. No primeiro episódio, Nairóbi (Alba Flores) concentra as atenções. Ela acaba de ser baleada e corre o risco de morrer. Seus companheiros precisam decidir entre operá-la e tentar salvar a sua vida ou entregá-la para a polícia para que ela seja atendida num hospital de verdade. Eles discutem, mas acabam optando pela cirurgia, que é acompanhada por vídeo por um médico no Paquistão. Em outra ponta, o Professor (Álvaro Morte) opera uma fuga espetacular, mas está triste, achando que Lisboa (Itziar Ituño) foi morta pela polícia. Ela, entretanto, está viva. Finalmente, uma terceira narrativa se desenrola no passado.
Assim, com velhos truques, sem se levar a sério
e com ótimas atuações, "La casa de papel" diverte
e volta a cativar. Merece a sua atenção.