Incêndio do ninho: indiciados responderão de forma culposa
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmou ontem que os indiciados no incêndio do ...
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmou ontem que os indiciados no incêndio do Ninho do Urubu responderão por "incêndio culposo", que teve como resultado a morte de dez atletas das categorias de base do Flamengo " em fevereiro de 2019 ", além de outros três feridos.
São oito indiciados, entre eles o ex-presidente do clube Eduardo Bandeira de Mello.
"Aguardo confiante na Justiça o andamento do inquérito que apura as causas do incêndio", disse Bandeira, em nota.
O órgão recusou a proposta dos investigados para evitar um processo criminal e salientou que não há como afirmar que houve dolo no incêndio. Após os indiciados serem notificados, o Ministério Público estará apto a oferecer a denúncia.
"Em nenhum momento meus advogados fizeram qualquer pedido de acordo junto ao MP uma vez que tenho certeza e total confiança de que as acusações serão inteiramente afastadas pela Justiça, que a verdade dos fatos prevalecerá ao final e que ficará comprovada minha absoluta inocência com relação ao trágico acidente", completou Bandeira.
O MP também afirmou que o inquérito policial aponta para o indiciamento de antigos e atuais dirigentes do Flamengo e ressaltou que "por ora, não há como afirmar a ocorrência de dolo eventual no resultado da morte " não sendo viável deduzir ou intuir que os indiciados tivessem a potencial certeza da possibilidade do fato ocorrido no alojamento".
Além de Bandeira de Mello, os outros indiciados são: Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ; Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração; Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ; Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo; Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo; Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo; e Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.