App para cristãos, ‘glorify’ terá aporte de us$ 40 milhões
O aplicativo de origem britânica Glorify, de meditação e oração para cristãos, vai receber um ...
O aplicativo de origem britânica Glorify, de meditação e oração para cristãos, vai receber um aporte de US$ 40 milhões (R$ 226,8 milhões) em uma rodada de captação de investimentos que tem a participação do Softbank e de celebridades americanas como os cantores Michael Bublé e Jason Derulo, a mãe da influenciadora Kim Kardashian, Kris Jenner, e seu companheiro, Corey Gamble.
O Glorify foi lançado no Brasil em janeiro deste ano e se denomina o principal app de orações voltadas ao público cristão no mundo: são 2,5 milhões de usuários cadastrados, a maioria (1,8 milhão) constituída por brasileiros.
A rodada de investimentos é liderada pelo fundo americano de venture capital Andreessen Horowitz (A16Z), especializado em start-ups. Também investem, além do SoftBank, o fundo K5 Global e as celebridades americanas.
Os recursos serão investidos em contratações de desenvolvedores e na expansão de funcionalidades do aplicativo, que, apesar de estar disponível também em inglês e espanhol, tem crescido de maneira mais acelerada no Brasil.
Os fundadores da empresa, os britânicos Ed Beccle e Henry Costa, permanecem como controladores.
Ed Beccle, de 22 anos, é evangélico. Nascido em Hong Kong, passou a maior parte do ano passado no Brasil com a namorada brasileira. Atualmente, intercala temporadas na capital paulistana com viagens a Los Angeles, Nova York e, claro, Londres.
" É onde residem meus pais, tenho de ir ou eles me matam " conta Beccle, que não fala português. " Apesar de ter 22 anos, este não é meu primeiro negócio, sempre quis trabalhar com tecnologia e me apaixonei pelo Brasil quando vim para cá.
O jovem executivo diz que o Glorify não vai expandir os negócios para outras denominações religiosas que não as cristãs:
" Meus valores e os valores da empresa são cristãos, apesar de respeitar outras visões religiosas. Já temos um potencial de mercado de mais de 2 bilhões de pessoas.
Perguntado sobre como conciliar as inúmeras divergências entre as distintas igrejas cristãs, Beccle afirma que o app não tem a intenção de substituir os pastores e padres, e sim de tornar os hábitos de devoção mais interessantes.
" Tenho a visão de que a fé deve ser simples, acessível e interessante. Passei quase toda a pandemia no Brasil e vi que muita gente se sente só ou perdida e, ao mesmo tempo, os brasileiros têm muita devoção a Deus. Não queremos competir com a religião, mas ser um complemento " afirma ele.
O aplicativo exibe mensagens motivacionais e suporte a meditação religiosa, além de passagens bíblicas. Para Beccle, a competição pelo tempo dos usuários é com outras redes sociais laicas:
" Instagram, TikTok e outras redes sociais são muito atraentes, e as pessoas passam muito tempo ali, mas podem perder-se de si mesmas. Já as igrejas têm dificuldades para se conectar com as pessoas.