Firma que é o ‘oxigênio’ de fintechs capta r$ 50 milhões

A onda de demissões em massa de profissionais de tecnologia tem passado ao largo da BigDataCorp. Enquanto as startups entram em modo preservação de caixa diante de um cenário adverso para o capital de risco (venture capital), a empresa de dados carioca ampliou a equipe em 50% no ano e hoje soma 90 profissionais.
Sem nunca ter participado de uma rodada de investimentos antes, a empresa fundada por Thoran Rodrigues em 2013 levantou recentemente R$ 50 milhões. Foi uma rodada discreta, liderada por dois empreendedores que fizeram fortuna nos primórdios da internet: Rodrigo Guarino (Bondfaro e Buscapé) e Paulo Humberg (Shoptime). Guarino (foto) não só aportou recursos, como virou co-CEO.
A BigDataCorp está praticamente sozinha no mercado de captura de dados brutos no país, funcionando como o oxigênio que irriga toda a inteligência do ecossistema digital, seja para análise de risco de crédito, prevenção de fraude ou até mesmo prever a probabilidade de roubo de carga em determinada localização.
" A gente vai fundo no esgoto da informação. É um trabalho que o pessoal não gosta muito de fazer. Nessa área, o glamour está mais em análise de dados, inteligência artificial e machine learning " diz Rodrigues.
A BigDataCorp captura informações de 1,5 bilhão de fontes diferentes. Os dados são estruturados para construir 2 mil características distintas de pessoas, empresas ou produtos, que irão alimentar a inteligência de dados de clientes. A lista inclui Serasa e Boa Vista, Itaú e Bradesco, Paypal, VTEX e até a companhia aérea Azul.
A BigDataCorp triplicou o faturamento no primeiro trimestre do ano e tem como meta alcançar R$ 200 milhões até 2024.