Gigante chinesa compra prédio inteiro no leblon para seus executivos
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Os chineses estão de mudança para o Leblon. A gigante chinesa State Grid, maior concessionária de energia elétrica do mundo e que no Brasil é dona da CPFL Energia, comprou ainda na planta um prédio inteiro de 54 apartamentos no Leblon.
Com VGV (Valor Geral de Vendas) estimado em mais de R$ 200 milhões, o residencial ocupa dois terrenos na esquina das avenidas Bartolomeu Mitre e General San Martin, onde antes havia um posto de gasolina e um pequeno prédio.
O edifício fica estrategicamente localizado a uma quadra da Praia do Leblon e a uma quadra da estação Antero de Quental do metrô " facilitando a locomoção dos colaboradores até a sede da empresa, que fica próxima à estação Presidente Vargas, no Centro.
As obras do edifício foram recém-concluídas, mas ainda não há ninguém morando nos apartamentos.
De acordo com os registros de imóveis da prefeitura, os terrenos foram vendidos ao incorporador Marcos Cavalcanti em 2019. No ano seguinte, a State Grid registrou em cartório a escritura de cada um dos 54 apartamentos.
O condomínio tem seis unidades por andar, com tamanhos de 100 m² e 135 m2, e seis coberturas. Algumas coberturas foram registradas pelo valor de R$ 9,76 milhões. Um apartamento de 100 m² foi registrado por R$ 2,74 milhões.
Chineses expatriados têm costume de morar próximos uns dos outros. Por uma década, quando o Metrô Rio comprou vagões da China, executivos da empresa fornecedora transformaram uma casa no Parque Guinle em uma "república de executivos".
A venda do empreendimento inteiro para a State Grid impactou o valor do metro quadrado na Bartolomeu Mitre, que passa por um processo de modernização.
" Tivemos um pico de valorização nos valores médios em 2020 e, novamente, agora em 2022, com outros lançamentos que estão surgindo no entorno do prédio da State Grid " diz Adriana Socci Barbosa, sócia da ASB Soluções Imobiliárias e fundadora da calculadora imobiliária RioM².
Adriana desvendou o mistério do proprietário do Residencial Bartolomeu Mitre, que vinha sendo mantido em segredo, em uma consulta aos registros de imóveis da prefeitura.
De acordo com a calculadora RioM², o metro quadrado efetivamente vendido na Bartolomeu Mitre foi de R$ 20.745 em 2020. Em 2019, a média do metro quadrado foi de R$ 18.238. E, em 2021, caiu para R$ 17.717. Geralmente, cerca de 20 a 30 apartamentos mudam de mão na Bartolomeu Mitre a cada ano. Em 2020, este número subiu para 87 por conta das 54 unidades registradas pela State Grid.
Desde o início deste ano, já foram vendidos 23 imóveis na Bartolomeu Mitre, com um m² médio de R$ 22.649 " valor ainda abaixo do pico de 2016, de R$ 23.002.
Este texto foi originalmente publicado na coluna de negócios Capital, no site do GLOBO: blogs.oglobo.globo.com/capital