Os planos da farm, da barra às galeries lafayette

Na quarta-feira, enquanto fãs babavam com os beijos enviados por Alicia Keys do alto do Hotel Fasano, Marcello Bastos tinha mais que acenos a comemorar: a cantora americana vestia Farm, marca de moda criada por ele e Kátia Barros há 25 anos. Se não foi um golpe de marketing, como o empresário sustenta, o guarda-roupa da estrela americana caiu como um vestido estampado no posicionamento da Farm, que quer cada vez mais ser vista como grife internacional.
No primeiro trimestre, a Farm Global " operação nos EUA e na Europa " faturou R$ 120 milhões, salto de 50% em um ano (no Brasil, foram R$ 316 milhões). Agora, a marca do Grupo Soma quer acelerar sua presença estrangeira. O plano é abrir quatro lojas próprias " hoje são três, todas nos EUA " e chegar a pontos de venda em lojas de prestígio, como as Galeries Lafayette de Paris.
" Vamos abrir uma loja no Marais (bairro de Paris) e teremos uma pop-up permanente no Le Bon Marché (também na capital francesa). Ao todo, serão 29 ações, entrando em nove Rinascente na Itália, cinco Bloomingdale’s na Flórida e com uma loja própria em Chelsea (Londres) etc. " conta ele. " Daqui a três anos, os dois negócios, Brasil e exterior, terão o mesmo tamanho.
No Brasil, o plano é crescer de 95 para 112 lojas este ano, explorando novos mercados, como Foz do Iguaçu (PR) e Zona Norte do Rio (Norte Shopping, Nova América e Madureira). Bastos também quer preencher um vácuo que ele próprio julga inexplicável:
" A gente está na Saks na Quinta Avenida, mas não no Barra Shopping! E esse é o shopping que considero "o" modelo, assim como é a (operadora) Multiplan. Temos um desejo enorme de conseguir entrar lá, talvez no ano que vem, assim como no Morumbi.