Leaf capta us$ 30 milhões e inova com espuma ecológica
Há três anos, um engenheiro e um químico com 35 anos de indústria e que estavam no caminho da ...
Há três anos, um engenheiro e um químico com 35 anos de indústria e que estavam no caminho da aposentadoria resolveram se unir em torno de um propósito. Encontrar uma alternativa 100% biodegradável para um insumo que causa um grande impacto no meio ambiente " as espumas de poliuretano.
Rígidas ou flexíveis, as espumas são usadas em colchões e travesseiros, nas mais diversas embalagens, e até dentro dos volantes do automóvel.
Inicialmente com capital próprio, eles vestiram o jaleco e montaram um laboratório em Itajaí (SC) " o plano era aposentar na vizinha Camboriú " e saíram em busca de uma resina (poliol) vegetal que mantivesse as mesmas propriedades da versão fóssil.
Três anos depois e algumas patentes, eles agora chegam ao mercado com a marca Leaf " e estão prestes a anunciar contratos com três grandes multinacionais que passaram os últimos 14 meses testando o insumo. Já são duas fábricas em operação, em Guarulhos e em Jardinópolis (SP).
" O mercado vinha tentando obter uma alternativa verde ao poliol, mas ninguém conseguiu uma molécula 100% biodegradável, mantendo a mesma performance a um custo compatível " diz o CEO Jesse Mella, que, junto com outros dois empresários, uniu-se aos pesquisadores como sócios-fundadores da Leaf.
A Leaf trabalha "na moita". Não abre nem o nome dos demais sócios nem dos investidores que já aportaram US$ 30 milhões no negócio. Mella vê potencial para conquistar 4% do mercado de poliol no Brasil até 2025, com uma produção de 20 mil toneladas ao ano e US$ 60 milhões de faturamento, sendo um terço vindo de exportações.