Jueves, 02 de Mayo de 2024

A interseção entre a tecnologia e o ‘soft power’ brasileiro, na visão de gil

BrasilO Globo, Brasil 18 de abril de 2024

Sim, nós temos farofa, Dalva de Oliveira, terreiros e Machado de Assis " que, jogados no ...

Sim, nós temos farofa, Dalva de Oliveira, terreiros e Machado de Assis " que, jogados no liquidificador da tecnologia, podem se tornar a potência do nosso soft power. A ideia e as referências são do tropicalista Gilberto Gil, que encerrou o segundo dia do Web Summit Rio em conversa com Marcelo Freixo, presidente da Embratur, sobre a interseção entre tecnologia e cultura na produção da imagem global do Brasil.
" Essas novas tecnologias são novas ferramentas, novos meios de conexão. Já o Brasil, do ponto de vista do mundo, é um país com território imenso, povo extraordinariamente grande, belo e forte, herdeiro de uma cultura que nutriu-se primeiramente das forças dos que vieram para cá " disse.
Gil nunca foi alheio à tecnologia, pelo contrário. Afinal, já em 1997 " quando tudo era mato na web brasileira e boa parte do público do Web Summit nem tinha nascido " foi ele que atualizou o primeiro samba já gravado para homenageá-la com "Pela internet".
" O Brasil tem que dar exemplo para o mundo dessa construção de sociedade. Temos uma capacidade rápida de absorção de todo esse novo instrumental, disso que nos reúne aqui hoje, que são as novas tecnologias. Um dos nossos destinos é, por meio dessas ferramentas, informar o mundo sobre uma nova forma de encarar a natureza, a linguagem, a espiritualidade e o convívio " recomendou.
Aos 81 anos, o compositor se recusa a alinhar-se aos apocalípticos das redes. Para Gil, experimentar as novas ferramentas é uma espécie de dádiva, "uma felicidade", a despeito do "lado ainda obscuro":
" Eu agradeço à vida por ter me trazido ao mundo nesta época. É belíssima e riquíssima. Que a benignidade de todas essas coisas prevaleçam sobre o lado ainda obscuro, terrível da guerra, do desencontro, da violência. Eu sou agradecido à vida por ter me tornado um dos promotores dessa benignidade ambulante, que a gente tem que esparramar por aí cada vez mais.
Ao lado da Embratur, o artista lançou no Web Summit dois roteiros turísticos do projeto Rotas Literárias. São caminhadas guiadas por apps (em vários idiomas) que passeiam por lugares do Rio retratados em obras literárias como as de Machado de Assis.
" A diversidade é o que a gente tem mais vivo no Brasil. A tecnologia pode fazer com que nossa imagem seja colocada no mundo de maneira mais qualificada " resumiu Freixo.
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