Clube pede que claus não apite clássico e seja afastado

O Botafogo enviou ontem à CBF um ofício em que pede que Raphael Claus não apite o clássico contra o Flamengo, marcado para este domingo, e seja afastado das escalas até a conclusão da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado, como informou a coluna de Lauro Jardim.
Em depoimento à comissão na véspera, John Textor, dono da SAF alvinegra, citou supostos equívocos de Claus em jogos do Brasileirão. Ele já havia feito duras críticas ao árbitro após partida contra o Fla no ano passado, que terminou com vitória rubro-negra por 2 a 1.
A escala da arbitragem foi divulgada pela CBF justamente enquanto Textor falava na CPI do Senado.
No ofício, o Botafogo também pede que a árbitra Daiane Muniz seja vetada das partidas do clube e afastada até o fim da CPI. Daiane foi responsável pelo VAR no jogo contra o Flamengo na edição passada da Série A.
Depois de Textor, a CPI quer ouvir nos próximos dias outros cartolas, como os presidentes do Palmeiras, Leila Pereira, e do São Paulo, Julio Casares " estes clubes foram citados diretamente nas denúncias do empresário americano ", além de Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
Outro que deve ser convidado pela CPI é Glauber do Amaral Cunha, árbitro que apareceria falando sobre suposto pagamento de propina no áudio que Textor trata como prova da corrupção entre os juízes do país.
Em meio às acusações do dono do Botafogo, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) defendeu, em nota divulgada ontem, a paralisação do Campeonato Brasileiro, que estaria "em xeque". Além disso, afirmou que há árbitros insatisfeitos e dispostos a protestar durante as próximas rodadas do torneio.
Enquanto isso, Textor teve seu julgamento no pleno do STJD reagendado para a próxima sexta-feira. O processo diz respeito às declarações contra a arbitragem feitas pelo empresário depois da partida diante do Palmeiras (derrota por 4 a 3), no Brasileirão passado.
(Colaborou João Pedro Fragoso)