Projetos respondem aos anseios por acessibilidade
A acessibilidade na cons- trução de residenciais multifamiliares, previs- ta em lei desde ...
A acessibilidade na cons- trução de residenciais multifamiliares, previs- ta em lei desde 2015, recebe cada vez mais a atenção das incorporadoras no momento em que as plantas são desenhadas. Além da construção de unidades que possam ser usadas por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, o mercado procura oferecer equipamentos de lazer e áreas comuns acessíveis, assegurando que a inclusão aconteça em todos os lugares nos condomínios.
A legislação que normatiza o assunto também evoluiu com o passar do tempo. Em 2018, foram criadas novas regras de acessibilidade nos residenciais, como reserva de vagas para veículos que transportem pessoa com mobilidade comprometida e instalação de plataformas de transposição vertical.
O fato é que, independentemente da legislação, as incorporadoras querem dar respostas ao anseio de inclusão que vem se fortalecendo na sociedade. No Parque Sustentável da Gávea, da Mozak, foi firmada parceria com o Instituto JNG, que trabalha com soluções para dar autonomia e independência aos moradores adultos com deficiência intelectual ou autismo e inseri-los na comunidade. As unidades dos empreendimentos terão esse conceito.
" Temos a oportunidade de ampliar esse debate pouco difundido no mercado imobiliário. Além disso, é muito legal ver um empreendimento que nasceu com a proposta de promover bem viver, integração e lazer se tornar também um ambiente de inclusão e a "casa" de um projeto tão importante como o do Instituto JNG " afirma a gerente Comercial da Mozak, Gabrielle Calcado.
Na MR2, os apartamentos são construídos pensando nas pessoas com deficiência e não apenas adaptados para atendê-las. Durante o processo de venda, o cliente sinaliza suas necessidades, e a incorporadora projeta a unidade com base na realidade dele. No caso de cadeirantes, por exemplo, são levados em conta: corredores mais largos, batentes amplos, assentos adaptados e banheiros com área de manobra e barras de apoio.
" Pensamos em tudo que engloba acessibilidade: no direito ao acesso e à independência de ir e vir de pessoas com limitações físicas, visuais, auditivas, sensoriais e outros. As áreas comuns dos empreendimentos são construídas pensando em acessibilidade, com entradas sinalizadas, vagas especiais nas garagens e elevador no subsolo " explica o gerente Comercial da MR2, Carlos Palhares.
No Cidade Arte, que a Calper constrói na Barra Olímpica, a ideia de que o condomínio deve servir a todos é levada muito a sério. Tanto que a incorporadora vai instalar brinquedos inclusivos nas áreas de lazer infantis, permitindo que todas as crianças, independentemente de suas habilidades e limitações, possam brincar juntas.
" Ao implementar recursos que facilitam o acesso e a utilização das áreas comuns, garantimos inclusão, mobilidade, comodidade, segurança e economia para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Isso não só promove a integração e a melhoria da qualidade de vida de todos como respeita as diferenças " observa o CEO da Calper, Ricardo Ranauro.
A Carvalho Hosken se antecipou à lei e já projetou o Ilha Pura inteiramente acessível a cadeiras de rodas por meio de rampas. A Vila dos Atletas da Olimpíada do Rio, também da construtora, tem piso di-recional, sinalização de emergência com sistema de alerta sonoro e visual, interruptores e comandos em altura acessível.
" Em geral, o usuário com necessidades especiais precisa se ajustar aos espaços, e essa realidade não é inclusiva nem democrática. O Ilha Pura é um bairro planejado para atender a todos os usuários, de modo que se sintam tão confortáveis em casa quanto nas áreas comuns " diz a gerente de Incorporação da Carvalho Hosken, Talitha de Abreu Ribeiro.