Domingo, 07 de Julio de 2024

Tcu aprova acordo entre oi e anatel sobre telefonia fixa

BrasilO Globo, Brasil 4 de julio de 2024

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem acordo entre a Oi e Agência Nacional de ...

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem acordo entre a Oi e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que prevê a continuidade da prestação de serviços de telefonia fixa até 2028.
Foi acertado que a tele carioca, que está em seu segundo plano de recuperação judicial, deve investir R$ 5,8 bilhões, sendo que a maior parte será bancada pela V.tal, empresa de infraestrutura de redes controlada pelo BTG em que a Oi tem participação minoritária.
Mesmo com a manifestação contrária da área técnica do TCU e do Ministério Público junto à Corte, o relator do caso, ministro Jorge Oliveira, disse em seu voto favorável que procurou considerar a "complexidade do caso" e "a necessidade de uma solução que atenda tantos aos interesses públicos quanto à situação financeira da Oi.
O acerto é parte fundamental do segundo plano de recuperação da tele carioca, aprovado pelos credores em abril, que busca solucionar dívida de mais de R$ 44 bilhões.
A Oi é a maior concessionária de telefonia fixa do país. Contratos de concessão de telefonia fixa não são mais adotados em novos serviços, mas há antigos acordos que precisam ser equacionados.
Segundo dados da Anatel, há 23,6 milhões de contratos do tipo em todo o Brasil, e alguns deles tratam de serviços essenciais, como os telefones de emergência: 190 (polícia) e 193 (primeiros socorros).
O processo analisado no TCU envolve uma disputa bilionária com a Anatel. Em 2020, a Oi entrou com processo de arbitragem contra a agência para reivindicar R$ 53 bilhões por prejuízos com a manutenção da oferta de telefonia fixa. O regulador, porém, afirmava que a tele deve R$ 12,1 bilhões em valores ligados à migração do modelo de concessão para o de autorização.
A solução para encerrar as controvérsias entre Oi e Anatel foi mediada pela área de conciliação do TCU, criada em dezembro de 2022 por iniciativa do presidente do tribunal, Bruno Dantas, para tratar de conflitos que afetam a prestação de serviços à população.
Nesse caso, o governo precisa manter o serviço em áreas isoladas, onde as opções de comunicação são limitadas, mas a empresa tem necessidade de reduzir despesas e encerrar cobranças para manter sua viabilidade. A Anatel já havia referendado o acordo. Ficou acertada a migração da Oi do regime de concessão para autorização na telefonia fixa, reduzindo obrigações consideradas anacrônicas, como a manutenção de orelhões.
Em troca, a Oi se dispôs a investir R$ 5,8 bilhões, dos quais até R$ 5 bilhões ficariam a cargo da V.tal. Há possibilidade de investir mais R$ 4,4 bilhões a depender do resultado da arbitragem.
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