Jueves, 19 de Septiembre de 2024

Ministros do g20 querem transparência das plataformas

BrasilO Globo, Brasil 18 de septiembre de 2024

Na longa lista de temas que dividem os países do G20, integridade da informação digital e ...

Na longa lista de temas que dividem os países do G20, integridade da informação digital e inteligência artificial (IA) estão entre eles. É uma seara sensível, afetada diretamente pela geopolítica internacional. Na última sexta-feira, depois de aparar muitas arestas, as 19 maiores economias do mundo, mais União Europeia (UE) e União Africana, conseguiram chegar a um denominador comum. Em declaração conjunta, pediram transparência e responsabilidade para as plataformas.
‘Diverso e resiliente’
Não há medidas específicas para obrigá-las a se manterem na linha. Talvez fosse impossível incluí-las, dadas as diferenças entre as nações e suas legislações. A grande vitória do documento, divulgado após dois dias de reuniões de ministros do Grupo de Trabalho da economia digital, em Maceió, está no consenso em si. Foi a primeira vez que países com interesses tão distintos como EUA, Rússia, China e Reino Unido sentaram-se à mesa para tratar do tema, que é inédito na agenda do G20. Foi trazido pela presidência do Brasil.
" Embora os pontos de partida fossem muito diferentes, o ponto de chegada foi texto acordado por consenso, o primeiro dessa amplitude geopolítica acordado internacionalmente para este tema " disse ao GLOBO o secretário de Política Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant.
O documento também trata da dimensão normativa de um ecossistema informacional "diverso e resiliente".
Ainda que não se comprometam com punições ou restrições às plataformas na declaração em si, o G20 publicou um anexo com as diretrizes para se lidar com elas. Vão de educação midiática e investimento em ciência e tecnologia à avaliação de governança no tema combinando regulação e autorregulação.
As reuniões aconteceram em meio aos desdobramentos da queda de braço que vem sendo travada entre o X, do bilionário Elon Musk, e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a transferência para os cofres da União de R$ 18,3 milhões que estavam bloqueados em contas do X e da Starlink no Brasil.
No mesmo dia, Musk chamou o governo australiano de fascista por causa de leis propostas no país para reprimir a desinformação digital em redes sociais, com multas de até 5% da receita anual para empresas, que ainda precisa de aprovação do Parlamento.
Para a surpresa da presidência brasileira do G20, nenhum dos delegados mencionou o assunto. A leitura de negociadores é a de que "o silêncio é eloquente" reflete a preocupação do mundo ocidental com a postura das plataformas.
" Não foi uma questão, nem influenciou humores. Ao contrário, houve grande apoio dos mais diversos países à essa agenda de integridade da informação nos termos propostos pelo Brasil " diz Brant.
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