Ações da meta batem recorde com novos óculos e avanços em ia
A Meta apresentou ontem o protótipo de seus novos óculos de realidade aumentada, o Orion, ...
A Meta apresentou ontem o protótipo de seus novos óculos de realidade aumentada, o Orion, que prometem ser o "futuro da computação", segundo Mark Zuckerberg. A dona de Facebook, Instagram e WhatsApp também anunciou avanços em inteligência artificial (IA), como uma assistente de voz que será conectada às redes sociais.
A big tech também revelou novas versões do seu óculos de realidade virtual, o Quest, que terá uma linha mais acessível chamada Meta Quest 3s, e do Ray-Ban Meta, modelo que terá novos recursos de IA e funções como tradução em tempo real.
Os lançamentos foram anunciados por Zuckerberg durante o Meta Connect, conferência anual de desenvolvedores da empresa.
O mercado recebeu bem as novidades. As ações da Meta fecharam em alta de 0,88%, a US$ 568,31, a maior cotação histórica dos papéis, levando o valor de mercado da empresa a estratosféricos US$ 1,43 trilhão.
A apresentação do Projeto Orion ficou para o fim da exibição feita por Zuckerberg. Segundo a Meta, serão "os óculos mais avançados que o mundo já viu". A aparência é de um óculos comum, com lentes mais grossas, mas com interfaces gráficas com imagens holográficas e janelas virtuais que ficam sobrepostas ao "mundo real".
ÓCULOS TÊM SETE Câmeras
A Meta define o Orion como "uma façanha de miniaturização", ao ter sete câmeras em um objetivo compacto, sensores de detecção de movimento, chips e lentes translúcidas que reproduzem conteúdo virtual. Além de comandos por voz, o dispositivo de 70 gramas poderá ser controlado pelo usuário por meio de uma interface neural, a partir de uma pulseira que fica conectada ao dispositivo e que é capaz de ler sinais elétricos do corpo e interpretar comandos a partir de gestos discretos, como um movimento de alguns milímetros do dedo.
Além da conexão com a pulseira, o dispositivo faz rastreamento do ambiente com as câmeras e os sensores integrados nas bordas da moldura. Em vez de vidro, as lentes foram fabricadas com carboneto de silício, material que é usado para realidade aumentada por ser mais leve e não gera distorções, segundo a Meta. Os projetores do óculos são feitos de μLEDs, tecnologia que gasta menos energia.
Zuckerberg afirmou que os avanços apresentados pela Meta são a "próxima geração" da computação e parte de um "futuro animador". Inicialmente, o protótipo do Orion será liberado apenas para funcionários da big tech e algumas pessoas selecionadas.
A empresa também apresentou uma nova versão da IA da Meta, que passará a interagir com o usuário por meio de uma assistente de voz e por imagens. Os novos recursos são similares aos que já foram apresentados pela OpenAI, dona do ChatGPT, e pelo Google, com o Gemini. O recurso de IA para responder a perguntas em voz alta será integrado ao Instagram, Messenger, WhatsApp e Facebook. O usuário poderá escolher diferentes vozes, incluindo clones de celebridades como as atrizes Kristen Bell e Judi Dench. A função será lançada no próximo mês em EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Não há data para a chegada em outros países.
Além do novo óculos de conexão neural e dos avanços em IA, Zuckerberg lançou uma versão mais acessível do Quest, seu óculos de realidade virtual, o 3s, que será vendido nos Estados Unidos por US$ 299,99. A pré-venda já começou e o lançamento acontece em outubro. O dispositivo não está à venda no Brasil de forma oficial pela Meta.
Já em relação aos óculos Ray-Ban Glasses, a integração com a IA da Meta permitirá respostar a comandos para "gravar e enviar mensagens de voz no WhatsApp e no Messenger". A atualização também vai permitir a realizaçao de chamadas e a leitura de QR Codes diretamente pelos óculos.
Outro recurso apresentado para o Ray-Ban é o de traduções ao vivo. Usuários que falam inglês poderão, com a ferramenta, falar com alguém em outra língua e ter as traduções em tempo real. A primeira fase de lançamento será com traduções inglês-espanhol. Zuckerberg deu a entender que a empresa não está dando conta do volume de pedidos dos óculos Ray-Ban, dada a alta demanda.