Voepass apresenta plano com 29 ações para voltar a voar

Na tentativa de receber autorização para voltar a voar, a companhia aérea Voepass apresentou um plano corretivo à Agência Nacional de Aviação Civil com 29 medidas (Anac). Entre elas, a empresa prevê incluir aeronave reserva na malha aérea, manter estoque de reposição de peças, retreinamento presencial do efetivo de mecânicos e remanejamento de voos para permitir maior permanência dos aviões em solo para manutenção.
A empresa teve o certificado operacional suspenso pela agência em 11 de março. Entre as justificativas, a Anac alegou descumprimento de acordos firmados anteriormente para reforçar a segurança e a governança da empresa.
Para suspender a decisão, a agência exige que a companhia implemente "um programa abrangente de promoção da cultura de segurança, que inclua a conscientização dos funcionários". Após o acidente com o avião da empresa em agosto do ano passado, em Vinhedo (SP), que matou 62 pessoas, a Anac intensificou a fiscalização na Voepass.
No plano corretivo a empresa propõe acompanhamento de uma auditoria externa sobre as medidas a serem tomadas para criar uma cultura de segurança operacional.
Procurada, a Voepass informou em nota que está tomando providências para reaver o certificado operacional.
‘TRATATIVAS INTERNAS’
"A Voepass Linhas Aéreas informa que está trabalhando para retomar suas operações o mais breve possível. Desde que recebeu a notificação da Anac, a companhia iniciou as tratativas internas para demonstrar sua capacidade de garantir todos os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora", diz a nota.
A companhia conta com uma frota de seis aeronaves e cobria 15 destinos. Com a paralisação das operações, a Anac pretendia redistribuir os slots (autorizações para pouso e decolagem) da Voepass em Guarulhos e Congonhas. Mas diante das promessas da empresa, o órgão regulador decidiu segurar, temporariamente, a redistribuição.