Btg compra unidade da jgp e chega a r$ 120 bi em ‘family office’
O BTG Pactual assinou um acordo para adquirir a unidade de gestão de fortunas da JGP Asset ...
O BTG Pactual assinou um acordo para adquirir a unidade de gestão de fortunas da JGP Asset Management, que administra R$ 18 bilhões em ativos. O valor da transação não foi divulgado. Com a aquisição, o BTG passará a administrar cerca de R$ 120 bilhões em ativos na área de family office (assessoria patrimonial a famílias).
A operação foi antecipada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim em seu blog. O BTG está em meio a uma onda de aquisições que visa torná-lo o maior gestor de fortunas da América Latina. A instituição também participa das negociações para a compra de parte do Banco Master.
RELAÇÃO ANTIGA
A JGP foi cofundada em 1998 pelo lendário gestor André Jakurski, que assumirá o cargo de chairman do comitê de investimentos da unidade de family office do BTG, além de manter seu posto como diretor na JGP. A gestora seguirá como empresa independente, focada na gestão de fundos.
Vale notar que Jakurski também foi um dos fundadores do Banco Pactual em 1983 " instituição que, anos depois, se tornaria o BTG Pactual. Ele também foi mentor de André Esteves, hoje presidente do conselho e maior acionista do BTG. Esteves já declarou: "Ele foi meu sócio por muitos anos, meu chefe e o pai do DNA de gestão de risco do banco, (o que) é motivo de orgulho."
O acordo com a JGP vem na esteira da aquisição da unidade brasileira do Julius Baer Group, concluída em 28 de março, que elevou o número de funcionários da área de gestão de fortunas do BTG de 450 para mais de 500, segundo Pessoa. Em setembro do ano passado, o banco também comprou o multifamily office Greytown Advisors, com sede em Miami.
" As oportunidades surgiram e temos a estrutura necessária para sermos um consolidador no mercado " disse Rogério Pessoa, sócio responsável pela área de gestão de fortunas do BTG.
O executivo acrescentou que o BTG continuará buscando aquisições de multifamily offices que atendem a clientes latino-americanos, tanto no Brasil quanto no exterior.
" Na gestão de fortunas, você precisa crescer e ter escala, e isso é caro " afirmou Pessoa.
R$ 1 TRILHÃO SOB GESTÃO
Ao final do primeiro trimestre, o BTG somava R$ 1 trilhão (US$ 170 bilhões) em fortunas sob gestão. Para efeito de comparação, o JPMorgan, um dos maiores players entre clientes ricos da América Latina, administrava US$ 220 bilhões da região, segundo Edinardo Figueiredo, CEO para a América Latina e o grupo de famílias globais do JPMorgan, em fevereiro.