China negocia encomendar até 500 jatos da airbus, diz agência
A China considera fazer uma encomenda de centenas de aeronaves da Airbus já no mês que ...
A China considera fazer uma encomenda de centenas de aeronaves da Airbus já no mês que vem, quando líderes europeus visitarão Pequim para celebrar os laços entre os países, de acordo com fontes a par do assunto. As deliberações com companhias aéreas chinesas sobre o tamanho de um possível pedido estão em andamento, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas. Um acordo poderia envolver cerca de 300 aeronaves e incluir modelos de um e dois corredores. Segundo uma das fontes, o pedido pode variar entre 200 e 500 aviões.
As negociações ainda estão em andamento e podem fracassar ou levar mais tempo para serem concluídas, acrescentaram as fontes. A Airbus se recusou a comentar, enquanto representantes da Administração de Aviação Civil da China não responderam.
A Airbus tem aumentado de forma constante sua participação nas vendas para a China, impulsionada por uma linha de montagem final na cidade de Tianjin para as aeronaves A320. Um acordo da magnitude do que está sendo discutido ajudaria a consolidar o domínio da europeia em um dos principais mercados de aviação globais.
Já para a Boeing fazer negócios na China se tornou mais difícil devido à guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Um acordo de peso com a Airbus permitiria ao presidente chinês, Xi Jinping, enviar uma mensagem a Trump sobre o comércio. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, devem ir a Pequim em julho para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre China e União Europeia. França e Alemanha são os maiores acionistas da Airbus.
Segundo fontes, aeronaves largas, com dois corredores, representariam parte significativa de um pedido da Airbus. Caso este chegue a 500 aeronaves, estaria entre os maiores já feitos " e certamente seria o maior da história da China.
Já a Boeing não conquista um pedido significativo da China desde pelo menos 2017, devido às tensões comerciais e a problemas internos da própria empresa. Em 2019, a China foi o primeira país a suspender os voos do 737 Max após dois acidentes fatais.