Cultura inglesa entra de cabeça em franquias
A Cultura Inglesa concluiu uma reestruturação para dar conta do baque da pandemia sobre ...
A Cultura Inglesa concluiu uma reestruturação para dar conta do baque da pandemia sobre seu negócio e decidiu entrar de cabeça no modelo de franquias. A meta é quadruplicar a rede de escolas de inglês em cinco anos. O movimento é o primeiro de uma marca premium de ensino de idiomas nesse formato, disputado a tapa por redes voltadas às classes C e D.
Quem lidera a ofensiva é o CEO Wilson Diniz, contratado há dez meses pela Associação Cultura Inglesa de São Paulo (Acisp) após fazer carreira no grupo de faculdades Cruzeiro do Sul, onde chegou à vice-presidência, e presidir o conselho de administração da CNA Idiomas. (Embora existam outras associações que operam a Cultura Inglesa em estados como Minas Gerais e Paraná, a Acisp concentra 80% da operação no país, com unidades em diversos estados).
O plano é colocar na rua 300 franquias em cinco anos, com foco em cidades pequenas e médias, além de regiões pouco exploradas nas grandes capitais. Hoje, a Cultura Inglesa tem 61 unidades próprias e 40 franquias. Essas franquias, no entanto, são um legado de uma aquisição realizada em 2021, quando comprou a operação da Cultura Inglesa no Rio. O negócio pertencia à Spot Educação (hoje Edify), da qual Jorge Paulo Lemann é sócio:
" O projeto de franquia estava congelado ali, não havia evolução. Agora, ele está no centro da estratégia de expansão " disse Wilson Diniz.
Novos produtos
A companhia começou a conversar com franqueados nos últimos meses e já fechou contrato para 20 unidades, que ainda serão implementadas. O investimento em cada escola varia de R$ 120 mil a R$ 350 mil, dependendo das dimensões. As franquias surgem após anos de enxugamento. Antes da pandemia, a Cultura Inglesa tinha mais de 130 escolas próprias. Em 2023, numa só tacada, fechou um terço das unidades no Rio.
Além de franquias, a Cultura Inglesa também está apostando em dois novos produtos. Um deles é o Turbo, curso mais rápido com tíquete médio de R$ 265, voltado à classe C.
" Estamos promovendo um sistema de programa bilíngue para escolas. Já estamos presentes em 80 escolas em todo o Brasil, somando 25 mil alunos atualmente. Queremos chegar a 75 mil em cinco anos " explicou.