A bienal do rio e os livros religiosos

Embora a população que se declara sem religião continue aumentando " passando de 7,9% em 2010 para 9,3% em 2022, segundo divulgou semana passada o IBGE ", as vendas de livros religiosos continuam a pleno vapor. No ano passado, este segmento, como é sabido, cresceu 8,7%, acima dos 3,7% do mercado como um todo. Aqui, três exemplos:
Após 17 anos, a editora evangélica Mundo Cristão está este ano de volta ao Riocentro. Há 60 anos, quando foi fundada, a tiragem média dos seus livros era de 500 a 1.000 exemplares. Hoje, essa média é de 4.000, embora no seu catálogo tenha livro como a série "O poder de orar", de Stormie Omartian, cujas vendas ultrapassaram 5,5 milhões de exemplares.
Desde 2020, a Vozes, tradicional editora católica fundada, veja só, em 1901, em Petrópolis, apresenta um crescimento médio de 15% ao ano nos livros religiosos " no ano passado a evolução chegou a cerca de 30%. Para os próximos anos, a editora planeja a publicação de diversas obras alinhadas ao mercado, como livros de colorir com figuras cristãs.
Fundada há 50 anos, a editora Rocco tem, até dezembro, dez novos títulos programados do novo selo destinado a livros devocionais e cristãos, lançado em março. O primeiro título do selo foi "Os tempos do destino", da jornalista Márcia Peltier.