Lunes, 23 de Junio de 2025

Maratona do rio avalia adotar índice e sorteio para 2026

BrasilO Globo, Brasil 22 de junio de 2025

CORRERIA

CORRERIA
A principal prova da Maratona do Rio acontece hoje, mas mudanças importantes já estão nos planos da organização do evento para 2026. A tendência é que ao menos os 21 km " que neste ano representaram 25 mil dos 60 mil inscritos " e os 42 km tenham critérios prévios para participação, como índice e/ou sorteio. A maratona pode passar ainda por mudança de percurso.
A organização explica que recorrer ao índice ou ao sorteio, no ano que vem ou futuramente, é o caminho para garantir uma experiência confortável aos corredores. Antes mesmo do congestionamento para a prova dos 21 km, os atletas precisam encarar uma longa fila de espera no ato da inscrição. Para esta edição, assim que as vendas foram abertas, 420 mil pessoas já estavam na sala de espera on-line.
EXEMPLO DAS MAJORS
A Maratona do Rio cresceu 33% em número de inscritos em relação ao ano passado " de 45 mil para 60 mil participantes. Desde 2015, quando 17.200 pessoas correram, o crescimento chega a 248%. E os organizadores querem mais.
" O sorteio provavelmente será feito para todas as provas. Já o índice ainda está em estudo, e não sabemos se será utilizado em 2026 " admite Claudio Romano, vice-presidente de Marketing e Negócios da Dream Factory, que promete uma experiência melhor com a mudança. " O tempo de espera no ato da inscrição também será resolvido. No caso das corridas de rua, é preciso preencher um formulário. Por isso,o tempo de compra é maior. Com o sorteio, a inscrição será feita em uma janela. Não haverá pressa.
Critérios como índice e sorteio são amplamente utilizados pelas provas mais cobiçadas do planeta, entre elas as sete majors (Berlim, Boston, Chicago, Londres, Nova York, Sydney e Tóquio). E os tempos mudam a cada ano, exigindo melhor performance dos atletas.
" Hoje, não existe sorteio no Brasil. Mas, como a Maratona do Rio é a principal prova do país, a gente está nessa trilha. Nós temos obrigação de inovar " afirma Cláudio, que lembra que ainda há questões legais a se analisar. " Quanto mais a prova se torna desejo, mais pessoas encaram a fila de inscrição. É assim com as majors. E o que se faz? A organização fica mais criteriosa. No caso das majors, o tempo já é um critério para a inscrição. E isso vai ter de acontecer com a Maratona do Rio. Não tem jeito.
Ele explica, porém, que diferentemente do Desafio da Ponte, que estabeleceu para este ano um tempo de corte igual para homens e mulheres, no caso da Maratona do Rio, os critérios seriam distintos para os dois naipes e também para cada faixa etária (a Dream Factory e a Spiridon organizam ambas corridas).
Claudia ainda não descarta a inclusão no programa do desafio das quatro provas (hoje, o combo envolve apenas os 21 km e os 42 km). Como, a partir deste ano, cada uma das distâncias foi disputada em um dia diferente, algo inédito na Maratona do Rio, já seria possível planejar o desafio "turbinado" para o próximo evento.
NOVO PERCURSO
Outro desejo da organização é que a prova dos 42 km seja mais rápida. E, neste caso, o percurso teria que ser alterado. João Traven, diretor da Spiridon e idealizador da Maratona do Rio, explica que a mudança afetaria 1/3 da prova, na parte inicial, quando a corrida entra em ruas mais estreitas do Centro. O plano é trocar os zigue-zagues pela reta da Avenida Presidente Vargas " trecho que fez parte da Maratona nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
" Seria um novo percurso. Tiraríamos o trecho da roda gigante, após a Praça Mauá, e incluiríamos as duas pistas centrais da Presidente Vargas, até a Praça da República e a Avenida Chile. É necessário colocar vias mais largas para dar velocidade à prova " explica Traven, que diz ainda não ter havido negociações com a Prefeitura do Rio e a CET para discutir as mudanças.
Traven explica ainda que faz parte do projeto a alteração de ruas nas praias da Zona Sul. O ideal, segundo ele, seria usar as duas pistas para melhor fluxo, "com a maratona indo pela pista dos prédios, uma faixa e meia, e voltando com ela inteira na pista da praia". Hoje, um só lado é dividido: vai e volta.
" Ou queremos ser eternamente uma prova para o primeiro corredor, ou queremos ser uma prova também de performance. Nós queremos manter o caráter democrático, mas também ter mais performance. Até porque esta é a principal maratona da América Latina " justifica Claudio, que ainda sonha com recorde. " Queremos que os 42 km sejam mais rápidos, atraiam mais estrelas e superem o tempo da Rio-2016.
Naquela ocasião, o queniano Eliud Kipchoge fez a prova em 2h08m04s. Já o recorde da Maratona do Rio foi quebrado na edição passada, pelo também queniano Josphat Kiprotich, com o tempo de 2h12min35.
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