Sábado, 12 de Julio de 2025

Vendas no comércio varejista caem 0,2% em maio

BrasilO Globo, Brasil 9 de julio de 2025

Após três meses de crescimento no primeiro trimestre do ano, as vendas no comércio ...

Após três meses de crescimento no primeiro trimestre do ano, as vendas no comércio varejista brasileiro caíram pelo segundo mês seguido e registraram recuo de 0,2% em maio, indicando que a política monetária restritiva no país, com juros elevados, já provoca efeitos na atividade econômica. O resultado da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE, ficou pior do que o previsto pelos analistas de mercado, que projetavam alta de 0,2% em maio.
Apesar da segunda queda mensal seguida, o setor ainda acumula alta de 2,2% no ano. Em 12 meses, a expansão é de 3%, mas o viés é de baixa. O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, destaca os efeitos do recuo do crédito à pessoa física por causa do aumento da taxa básica de juros. O aperto das condições de crédito, em meio aos juros restritivos, e os elevados patamares de endividamento das famílias já estão demonstrando efeitos mais visíveis sobre o consumo.
" O efeito máximo do aperto de política monetária ainda será observado ao longo do segundo semestre deste ano, mas os últimos dados já refletem o aperto das condições monetárias e, consequentemente, o acesso mais restritivo ao crédito " explica Rodolfo Margato, economista da XP.
De acordo com economistas, a desaceleração só não será mais intensa porque alguns elementos devem suavizar o processo de enfraquecimento da atividade.
" O mercado de trabalho está surpreendendo muito, mostrando uma solidez muito grande. Dificilmente se esperava esse patamar de taxa de desemprego com os juros nesse nível de 15%. E isso é bom para a economia real, mas atrapalha um pouco o trabalho do Banco Central em controlar a inflação. A mensagem que esses dados mostram é que a economia vai crescer menos no segundo trimestre, como já era esperado, mas ainda assim é um crescimento até, de certa forma, consistente " explica Rafael Perez, economista da Suno Research.
Embora a variação total do comércio tenha sido negativa, cinco das oito atividades tiveram resultados positivos: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3%), móveis e eletrodomésticos (2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
Os grupos que puxaram o varejo para baixo em maio foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela