Saf do botafogo rejeita acordo proposto pela eagle
A SAF do Botafogo rejeitou, em petição protocolada na Justiça do Rio na noite de ontem, os termos ...
A SAF do Botafogo rejeitou, em petição protocolada na Justiça do Rio na noite de ontem, os termos do acordo proposto pela Eagle para encerrar a disputa judicial entre as partes. Segundo o documento, assinado pelos advogados da SAF, "o formato do ajuste e as condições sugeridas não se justificam no estágio atual". A recusa em aceitar os termos propostos por seus sócios contrasta com as recentes declarações de Textor, de que "a briga (entre ele e seus sócios) acabou".
Na petição, a defesa da SAF, ligada a Textor, disse-se surpresa com os termos e alegou que "a Eagle optou por apresentar um ajuste unilateral, tal como se fosse um contrato de adesão, que deveria ser aquiescido pela parte adversa no prazo exíguo de dois dias". Os advogados também admitiram que as negociações entre Textor e seus sócios "ainda não foram concluídas".
Por fim, afirmaram que uma nova Assembleia Geral da SAF, realizada dia 12, deliberou que "não seriam implementados quaisquer dos atos aprovados nas reuniões do dia 17 de julho de 2025" " ou seja, Textor e seus aliados comprometeram-se a não levar a cabo a transferência das ações da SAF para a empresa nas Ilhas Cayman " e pediram que o processo seja extinto.
A ação foi protocolada pela Eagle justamente para suspender as decisões tomadas nas reuniões da SAF de 17 de julho. Para os sócios de Textor, as decisões tomadas na ocasião foram manobras do empresário para diluir a participação da Eagle na SAF e assumir o controle total do futebol alvinegro por meio da empresa aberta nas Ilhas Cayman. A Eagle, que é dona de 90% das ações da SAF, também questionava o fato de as reuniões terem sido realizadas sem a participação do diretor independente Christopher Mallon, que ganhou poderes na holding justamente por conta da crise desencadeada entre Textor e os sócios.
No início desta semana, os advogados da holding haviam proposto uma série de condições para que um consenso fosse costurado, como a obrigação de Mallon participar de todas as reuniões da SAF e a suspensão de qualquer ato assinado sem a participação dele " o que, na prática, esvaziaria o poder de Textor no clube.
Desde o início da disputa judicial, os sócios de Textor têm como objetivo tirá-lo do comando da SAF para entender sua situação financeira e prepará-la para uma revenda. Internamente, os sócios até admitem revender a SAF para Textor, desde que o empresário deixe o controle do clube. Em paralelo, o -americano tenta encontrar um investidor que possa ajudá-lo a convencer os sócios a vender o clube.