Ibama e petrobras farão reunião sobre margem equatorial

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que o Ibama marcou uma reunião para amanhã a fim de discutir o pedido de perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A executiva afirmou que o pedido foi feito ontem.
Em apresentação em evento da Firjan, Magda voltou a defender a produção na Margem Equatorial. A estatal aguarda decisão final do Ibama para iniciar a perfuração do primeiro poço exploratório na região:
" Não é incompatível querer desenvolver a Margem Equatorial brasileira no momento em que estamos fazendo a COP30. Se a gente quer viver melhor pela questão do clima, a gente quer também bem-estar social.
Magda disse que esperava que a licença para o início da operação já tivesse sido aprovada. A preocupação é o dia 21, que é o limite do contrato da sonda. Ela diz que se não for possível começar a perfurar até o dia 21, a sonda pode ser retirada da locação e, se isso ocorrer e for substituída por outra sonda no futuro, o processo de licenciamento começa todo do zero.
Ela espera que tudo seja resolvido na reunião, com a autorização emitida pelo instituto para o início da perfuração:
" A sonda está na locação e a broca apontada na direção do poço.
Em 24 de setembro, o Ibama pediu à Petrobras alguns "pontos de atenção e de melhoria" para liberar a licença após aprovar a Avaliação Pré-Operacional (APO). O instituto pediu que a estatal explique por que o posicionamento das embarcações para o procedimento diverge do apresentado em estudo prévio.
" A gente foi pega de surpresa no primeiro pedido de ajuste após a APO, que dirá no segundo " disse Magda, quando perguntada sobre o novo pedido do Ibama, após a solenidade na Firjan.
Mais cedo, durante o evento, Magda destacou o amplo escopo de atuação do Ibama:
" O Ibama não é tão ruim assim. Eles cuidam de petróleo, mineração, energia elétrica, formiga, perereca, caramujo. O escopo do Ibama é imenso. Tanto quanto a Petrobras, precisam prestar atenção nos processos, pois a demanda pode mudar. Precisa de anuência para cada abertura de válvula? É uma instituição com tanta demanda que talvez a principal coisa seja fazer como na Petrobras: uma discussão sobre o que é bom e o que é essencial fazer. Estamos priorizando o essencial e deixando o que é bom para a página dois.
Magda lembrou que, entre a diária da sonda e o custo para fazê-la funcionar, as despesas são R$ 4,2 milhões por dia.