Google: 40% pretendem gastar mais este ano

Este ano, 40% dos brasileiros pretendem gastar mais na Black Friday do que em 2024, aponta pesquisa realizada pelo Google em outubro com 2 mil pessoas. Além disso, 38% planejam comprar mais itens que no ano passado e, em média, investir em seis categorias de produtos, o que quebra a tendência de compras mais seletivas com a chegada da data.
Mais da metade dos entrevistados (59%) disseram considerar adiantar pelo menos parte das compras a partir de outubro, e 35% já se declaram "ativamente caçando ofertas". O percentual de pessoas que pretendem aproveitar a data (60%) se mantém estável em relação à primeira rodada do estudo, feita em julho " quando 48% já tinham uma lista de compras, reforçando a consolidação da Black Friday no calendário do varejo.
Gleidys Salvanha, diretora-geral de Varejo e Tech do Google Brasil, observa que o varejo tem se preparado de forma mais intensa para a data, inclusive com uso de ferramentas com inteligência artificial (IA).
Quatro das categorias mais citadas para compra são itens de uso pessoal: celulares (79%), perfumes (79%), roupas e acessórios (78%), e calçados (78%). A lista de itens mais desejados inclui ainda airfryer (51%) e micro-ondas (43%).
Segundo Gleidys, a estratégia dos consumidores mudou, passando de uma simples pesquisa por produtos para a chamada "busca longa":
" As pessoas não colocam mais uma palavra-chave. Elas colocam uma frase inteira ou uma necessidade. Não é mais sobre a busca por um produto. O comprador não busca mais um colchão, mas fala que sente dor nas costas e que não dorme bem. Essas buscas longas trazem mais oportunidade para os lojistas.
Em 2026, diz Gleidys, a Black Friday deve ser impactada pelos agentes de IA, que automatizam tarefas de busca e compra para os usuários:
" Os agentes estão chegando. Alguns clientes já estão testando, mas é algo que vamos ver mais no ano que vem.