Ativista chinês é sentenciado a 13 anos de prisão
PEQUIM O veterano dissidente chinês Qin Yongmin foi condenado ontem a 13 anos de ...
PEQUIM O veterano dissidente chinês Qin Yongmin foi condenado ontem a 13 anos de prisão, a maior pena imposta a um opositor desde a chegada à Presidência de Xi Jinping em 2013. Qin foi declarado "culpado de subversão do poder de Estado", anunciou a Corte Popular Intermediária da cidade de Wuhan.
O ativista, de 64 anos, foi preso pela primeira vez entre 1981 e 1989, acusado de ser um contrarrevolucionário, e passou 22 anos atrás das grades, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Chinese Human Rights Defenders (CHRD). Quando foi novamente detido em janeiro de 2015, dirigia a CHRD, que divulgava denúncias contra o governo.
Qin se negou a cooperar com o tribunal e permaneceu em silêncio durante o julgamento em maio, informou o advogado Lin Qilei. Seu outro advogado, Liu Zhengqing, disse que não tinha esperanças quanto à sentença e que estava "irritado com o regime corrupto" da China. Até então, a condenação por subversão mais dura do regime de Xi havia sido a do ativista Wu Gan, condenado em dezembro a oito anos de prisão.
De acordo com a acusação, os promotores citaram textos de Qin sobre a democracia como prova, incluindo um trecho em que pedia à juventude chinesa que lutasse pela proteção dos direitos humanos de acordo com os tratados da ONU (dos quais a China ratificou seis).
A União Europeia (UE) criticou a "deterioração da situação dos direitos civis e políticos na China, acompanhada pela detenção e condenação de um número significativo de defensores dos direitos humanos". Os europeus também recordaram que a China assinou, mas não ratificou, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Este foi o documento citado por Qin quando tentou fundar seu partido em 1998, o que o levou à prisão.