Os cafundós dos ‘faca na bota’
Crítica
Crítica
A Paramount dos EUA anunciou na última semana que "Yellowstone" terá uma segunda temporada de dez episódios. De novo, as gravações acontecerão em Montana e em Utah, com Kevin Costner no papel principal. É uma grata notícia. Falei da série aqui (a primeira crítica está no meu site). Volto ao assunto porque, ao chegar ao quinto capítulo, temos a certeza absoluta de estarmos acompanhando uma trama que só ganha força à medida em que avança.
"Yellowstone" retrata a vida de uma versão contemporânea dos antigos caubóis do século XIX, época da conquista do Velho Oeste. O latifundiário John Dutton (Costner) sabe domar cavalos selvagens, mas se desloca também usando um helicóptero próprio e carros modernos. Em sua propriedade, as regras são anacrônicas. Só para dar um exemplo bem ilustrativo dessa afirmação, certos peões que trabalham para ele são marcados a ferro quente com JD, suas iniciais.
A dramaturgia se abre em duas linhas principais. Seguimos as relações do protagonista com os políticos locais e com seus vizinhos. A maioria deles ambiciona um pedaço daquela imensidão de terras. Entre esses oponentes, há uma reserva indígena e um empreendimento imobiliário para endinheirados vindos da cidade em busca de isolamento. O desprezo pela lei determina tudo na região. Paralelamente, "Yellowstone" envereda pelos conflitos familiares de Dutton. O drama vai pesando mais e mais, até ficar bem sombrio.
Não desanime depois do primeiro episódio, longo e árido. Ele diz pouco do que essa série traz mais adiante. Ela está no iTunes e o braço do canal no Brasil, via sua assessoria, diz que não há data de estreia prevista. Corre aí com isso, Paramount.