Jogo de queimado agora tem até efeito de videogame
E se o tradicional jogo de queimado ganhasse efeitos que parecem saídos do desenho animado japonês ...
E se o tradicional jogo de queimado ganhasse efeitos que parecem saídos do desenho animado japonês "Dragon Ball" ou do videogame "Street Fighter"? A ideia já existe e está no game Hado, que se pronuncia como "rádo", em português.
Ele é considerado pioneiro na mistura entre imagens virtuais " proporcionadas ao jogador por meio de um celular acoplado a óculos especiais de realidade aumentada " e movimentos de verdade do corpo de cada participante dentro de uma arena.
Como em um jogo de queimado tradicional, o objetivo é atingir quem está do outro lado da quadra. Só que, em vez de uma bola, o arremesso é de uma esfera que só existe no mundo virtual.
Energizada ("hado" significa algo como onda de energia em japonês) e disparada que nem um raio, lembra os poderes que os personagens da fantasia têm. Basta levantar o braço em direção ao teto para que a sua força seja carregada e, ao apontar para a frente, é feito o lançamento. Já colocando o braço para baixo, é possível ganhar uma forcinha que nunca existiu nas aulas de educação física: entra em ação um escudo protetor.
Passados os segundos de imunidade que ele proporciona, o jeito de escapar das investidas inimigas é aquele que se conhece bem, correndo e contorcendo o corpo.
A agitação é grande, mas dura pouco: geralmente são apenas três tempos de um minuto cada um por partida.
O computador que controla o jogo percebe os movimentos via um iPhone instalado no capacete do jogador e de outro aparelho, omo um iPod Touch, preso ao pulso. A coordenação é feita por Wi-Fi e Bluetooth. Os equipamentos são fornecidos pela arena.
A criação japonesa, lançada em 2016 e já presente em 11 países, foi licenciada agora pela Trianons, empresa de marketing e inovação com sede em São Paulo. Até então, o jogo só esteve disponível no país uma vez, em Recife, em 2018, durante uma ação temporária em um shopping de iniciativa de outro investidor.
Já a meta da start-up paulistana é a de garantir a instalação de 13 arenas em 2020. O número é exigência contratual para manter a exclusividade de licenciamento no país.
" Estamos em contato com quatro empresas: um centro de entretenimento, uma rede de shopping centers, um laboratório que ensina inovação para crianças e adolescentes e um grande evento " afirma o diretor-geral da Trianons, Juliano Kimura.
A empresa calcula ter investido quase R$ 600 mil para trazer o Hado ao Brasil. Se o licenciamento das arenas correr bem, o valor pode ser recuperado rapidamente. Cada arena sai por R$ 250 mil para o investidor que decidir montá-la.