Pode ocorrer uma grande judicialização no setor elétrico
"O setor elétrico também sente, naturalmente, o reflexo da epidemia. A demanda caiu, as cobranças ...
"O setor elétrico também sente, naturalmente, o reflexo da epidemia. A demanda caiu, as cobranças de tarifas foram suspensas e a inadimplência subiu, provocando queda de receitas das distribuidoras. Toda a cadeia do setor está com problemas. O setor já passou por dificuldades impostas por fatores externos, como o apagão de 2001 e a MP 579/12. Até hoje os problemas herdados pela intervenção de Dilma não foram resolvidos. Já em 2001, a Câmara de Gestão da Crise, comandada por Pedro Parente, criou incentivos que reduziram a demanda e encontrou solução para uma divisão de ônus equilibrada, com baixo custo para o consumidor. Hoje os agentes tentam renegociar contratos para se adequarem a nova realidade. Seria bom o governo seguir o caminho de 2001 e coordenar ações para minorar os impactos dessa crise no setor,evitando a judicialização que parece inevitável se nada for feito. O governo deverá buscar uma alocação adequada dos custos, que não pode recair sobre um único grupo. Só não pode ir a reboque, tem que dar o norte."
Elena Landau, economista