Em meio à pandemia, fiat mostra a nova strada
Carro etc
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Em plena pandemia e com fábricas e concessionárias fechadas, a Fiat apresenta à imprensa a nova Strada, que chega com uma missão importante: substituir uma geração que já está no mercado há 24 anos e ainda é a líder de vendas entre os comerciais leves no Brasil. O contato inicial foi no campo de provas do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo.
A inspiração na "irmã maior" Fiat Toro é evidente não apenas no estilo, como no nome das versões: Freedom e Volcano (esta substitui a Adventure). Em relação à antiga Strada cabine dupla, a nova geração tem 4cm a mais no comprimento (4,48m) e 2cm extras no entre-eixos (2,73m). A largura foi ampliada em 7cm (1,73m).
agora com quatro portas
A cabine dupla agora tem quatro portas (na antiga geração eram três), facilitando o acesso de até três passageiros ao banco traseiro (antes eram só dois). Para aumentar o vão para as pernas, o assento traseiro é 10cm mais alto que os dianteiros, enquanto o teto elevado evita que se bata a cabeça.
Já há também uma Strada com cabine simples pronta. Tem um vidrinho lateral na coluna traseira, como a rival Chevrolet Montana. Visualmente, ficou parecendo uma cabine estendida, opção que sai de cena na nova linha.
Para-brisa e portas dianteiras são os do Fiat Mobi. O painel é muito parecido com o do Uno, mas traz uma tela de maior resolução no quadro de instrumentos e nova central multimídia.
As Strada mais baratas (Endurance) mantêm o velho motor 1.4 Evo Fire, de 88/85cv. Já as Freedom e Volcano saem com o motor 1.3 Firefly do Fiat Argo. Rende 109cv (com álcool) ou 101cv (com gasolina). Mais adiante, a picape ganhará a opção de câmbio CVT.
Por fora, a maior diferença da versão intermediária Freedom para topo de linha Volcano é a ausência de faróis de LEDs, substituídos por luzes halógenas. Também não há os racks no teto, tampouco o filete cromado na grade. A Freedom usa pneus 195/65 R15 para asfalto, enquanto a Volcano se vale de um jogo de uso misto 205/60 R15.
Em todas as versões, a coluna de direção só tem ajuste de altura. O acabamento leva plásticos rígidos por todos os lados.
A tampa traseira se abre com leveza mas consegue suportar até 400kg. Na caçamba, a capacidade de carga é a mesma de antes (650kg), mas o volume foi ampliado de 584 para 683 litros.
Agora com assistência elétrica, a direção é bem mais leve que a da antiga geração. Em ação, a entrega de força acontece cedo, e a Strada 1.3 já se anima a 2.500rpm. Na prática, nem se nota muita diferença em relação às antigas Strada Adventure com motor E.TorQ 1.8 16v, de 132cv.
Um "regime" explica o bom desempenho do novo modelo, a despeito de sua potência 23cv menor. A Strada Volcano tem 1.102kg, ante os 1.253kg da antiga Adventure " é uma redução de 151 quilos, o equivalente a dois adultos. Tal redução é mérito da nova plataforma " basicamente a mesma de Uno, Mobi, Argo e Cronos.
A aptidão em caminhos de terra foi mantida com o controle de tração (por botão). Imita o recurso do antigo Locker e emula um bloqueio de diferencial. A antiga Strada, aliás, continuará em linha até o fim de 2021, somente na versão trabalhadora Hard Working 1.4, de cabine simples (que hoje custa R$ 61.600).
Os PREÇOS
Com a Covid-19, a chegada às lojas só deverá acontecer no segundo semestre. A básica Endurance cabine simples 1.4 Fire deverá partir de uns R$ 70 mil, enquanto a Freedom ficará na faixa dos R$ 75 mil. A topo de linha Volcano provavelmente chegará aos R$ 85 mil. O objetivo declarado é não haver sobreposição de preços com a Toro Endurance, de R$ 97 mil.