Martes, 22 de Octubre de 2024

Fórum discute a saúde pública e privada e os desafios da pandemia

BrasilO Globo, Brasil 9 de mayo de 2021

Nunca os brasileiros falaram tanto sobre saúde. Mas como transformar em conhecimento as discussões ...

Nunca os brasileiros falaram tanto sobre saúde. Mas como transformar em conhecimento as discussões provocadas pela pandemia de forma a garantir aos cidadãos um sistema " público ou privado " mais eficiente e mais habilitado a reagir a crises? Para responder a essa questão, os jornais O GLOBO e Valor Econômico e a revista Época promovem amanhã e nos dias 17 e 24 o Fórum de Saúde Brasil. O evento, que tem patrocínio de Dasa e Fenasaúde, reunirá, em seis encontros, autoridades, médicos, pesquisadores e especialistas, que vão tratar de temas como políticas públicas, gestão de hospitais e produção de vacinas.
" O que estamos vivendo deixará marcas fortes nos gestores. Acredito que haverá mais atenção à cadeia de suprimentos. Um legado positivo poderá ser uma maior aproximação entre os setores público e privado " observa uma das palestrantes, a professora do Coppead/UFRJ e EAESP-FGV Claudia Affonso Silva Araujo.
qualidades e problemas
Os debates acontecerão às 9h30m e às 16h30m, com transmissão por YouTube, Facebook, LinkedIn e sites dos jornais O GLOBO e Valor Econômico, e pelo Youtube e Facebook da revista Época. Amanhã, o Fórum de Saúde Brasil será aberto pelo tema "A gestão dos hospitais durante a pandemia de Covid-19 em suas diferentes fases". Além de Claudia Araujo, participam o diretor executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Antônio Britto; o diretor-geral do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, Roberto Rangel; e o diretor-geral de Negócios Hospitalares e Oncologia na Dasa, Emerson Gasparetto.
" A pandemia funcionou como uma tomografia em altíssima definição das qualidades e problemas do sistema de saúde. Entre os pontos positivos, o quanto o SUS é importante e, por isso mesmo, precisa de melhorias permanentes. A sociedade também percebeu o quanto são indispensáveis os hospitais privados e filantrópicos. Eles oferecem leitos ao SUS, recebem enormes contingentes de pacientes, que, em outra situação, sobrecarregariam ainda mais o sistema público " afirma Britto.
O objetivo do primeiro encontro é discutir, entre outras questões, os recursos do SUS e como os hospitais conseguiram se reorganizar para receber pacientes de Covid-19 sem deixar de atender portadores de outras doenças. No caso do Ronaldo Gazolla, hospital de referência para Covid no Rio, o processo foi complexo.
" A reorganização do Gazolla, iniciada no ano passado, demandou realocar em outras unidades os demais serviços e transformar esses espaços em enfermarias ou CTIs de Covid-19. Em janeiro, nossa capacidade era de 250 leitos. Hoje, chegamos a 420, a maior parte de CTI " explica Rangel.
À tarde, o debate tratará de "O impacto do investimento em pesquisa clínica e em novas tecnologias durante e após a pandemia". Participam Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde; Andreza Senerchia, head de Pesquisa Clínica da Dasa; Fernanda Tovar-Moll, presidente do Idor; e Rogério Rufino, diretor-geral da Policlínica Piquet Carneiro e cientista da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
" A Covid não é a primeira pandemia e não será a última. É preciso priorizar quais necessidades o país é capaz de resolver sozinho e se estruturar a partir disso " diz Ana Maria.
No dia 17, o primeiro encontro abordará "O impacto do coronavírus no setor dos planos de saúde e no serviço dos segurados", com convidados como o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin, e a diretora executiva da Fenasaúde, Vera Valente. À tarde, o debate será sobre "Os gargalos na legislação do setor", que contará com a presença, entre outros, da advogada Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), e do diretor-presidente da Bradesco Saúde, Manoel Peres.
" Há dois gargalos na gestão dos planos de saúde que ficaram evidentes na pandemia. Um é a precificação e o outro, a lista dos exames e procedimentos que os planos cobrem. Embora 25% da população tenham planos de saúde, eles foram responsáveis por apenas 7% dos testes de coronavírus. A Agência Nacional de Saúde não conseguiu regular essa situação " diz Ana Carolina.
Insumos e dependência
O último dia do Fórum, 24, será dedicado à discussão sobre vacinas e insumos. O primeiro debate abordará "O papel da indústria farmacêutica na garantia de vacinas seguras contra a Covid-19". Já o encontro que encerra o evento terá como tema "A falta de insumos e a dependência externa para a produção de vacinas". O imunologista Ricardo Gazzinelli, pesquisador da Fiocruz e professor da UFMG, é um dos convidados:
" O Brasil precisa de infraestrutura para avançar no desenvolvimento de vacinas. O Butantan está tentando desenvolver uma vacina em ovo, porque possuía essa expertise. Se funcionar, será um salto. Mas é preciso tecnologia para fazer a vacina com RNA, que promete ser revolucionária.
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