Fast shop sofre ataque hacker e site fica fora do ar
A Fast Shop sofreu um ataque hacker ontem que afetou o site de e-commerce e o ...
A Fast Shop sofreu um ataque hacker ontem que afetou o site de e-commerce e o aplicativo da varejista. O Twitter da empresa também foi invadido. Uma publicação, que já foi deletada, anunciava o fechamento temporário das lojas físicas e o adiamento dos pedidos feitos pela internet, pedindo desculpas pelos transtornos. A Fast Shop informou que acionou os protocolos de segurança e os serviços foram restabelecidos e funcionam normalmente.
Em nota, a companhia declarou que as lojas físicas continuam abertas e operando regularmente em todo o país, ressaltando que "toda a base de informações da empresa está sob rígidos processos de segurança e não houve evidências de danos aos dados de nossos clientes".
Ontem à tarde, a Fast Shop fez uma publicação em seu perfil no Twitter, pedindo compreensão por parte dos usuários. Nas respostas ao tuíte, porém, usuários reclamaram da falta de detalhes dos pedidos previamente realizados na plataforma.
"Meu pedido sumiu do site e agora?", escreveu um usuário. Já outra internauta relatou que fez uma compra pelo site ainda na quarta-feira e, além de lidar com a ausência de informações sobre o pedido no aplicativo e no site, não conseguiu contato com a varejista.
"Ligo e ninguém atende, chat não funciona, quero um retorno por favor", queixou-se.
O diretor técnico da CLM, Petro Diógenes, especialista em segurança da informação, explica que criminosos buscam invadir justamente a base de dados de clientes das lojas, como CPF, telefone, e-mail, endereço e RG para vender na dark web, para serem usados em fraudes.
"Um alívio é que as informações mais críticas, como senhas e dados de cartão de crédito, são bem mais difíceis de serem roubados porque o tratamento desses dados é diferenciado e criptografado desde a origem "explica o diretor.
Se houver vazamento de dados de clientes, a empresa pode sofrer sanções pesadas previstas na LGPD, alerta Diógenes:
"Nenhum tipo de empresa ou órgão do mundo está imune a ataques virtuais, grandes empresas sofrem milhares de ataques virtuais por dia. Em sua maioria, os ataques não são muito sofisticados e as barreiras de defesas tradicionais são suficientes para proteger.
Mas ele aconselha a antes de fazer um contrato ou uma compra, saber como a empresa está tratando a estratégia da segurança da informação.
Procurada, a empresa não informou quantas horas o serviço ficou fora do ar nem sobre os pedidos dos clientes.