Martes, 29 de Abril de 2025

Cuidado com idosos: negócio avança onde fundos fracassaram

BrasilO Globo, Brasil 25 de febrero de 2023

Na última década, projeções sobre o rápido envelhecimento populacional e a demanda crescente por ...

Na última década, projeções sobre o rápido envelhecimento populacional e a demanda crescente por cuidados de idosos atraíram grandes investidores para o mercado de ILPS (Instituição de Longa Permanência para Idosos). Porém, os resultados não têm sido muito alvissareiros. O caso mais emblemático é o da Orpea, gigante francesa que cresceu anabolizada por fundos de private equity " e hoje está envolvida em um escândalo com a revelação de que os fortes resultados vieram às custas de economia de fraldas e maus tratos.
No Brasil, o Pátria levantou R$ 500 milhões em 2014 para construir a rede Cora. O plano era erguer 27 unidades verticalizadas com 200 leitos cada. Só seis saíram do papel e, com custos altos e baixa taxa de ocupação, a gestora de private equity acabou vendendo o negócio seis anos depois para a Orpea.
Fundada em Campinas no mesmo ano da Cora, a rede Terça da Serra vem crescendo de forma consistente num outro modelo: menos escalável e com rentabilidade mais realista, com casas de 25 a 35 leitos, geridas no modelo de franquias.
Em um mercado altamente pulverizado, a Terça da Serra é hoje o maior player do setor: são 2 mil leitos em 130 unidades espalhadas pelo país, com R$ 80 milhões de faturamento. A Orpea tem 600 leitos no país.
A primeira unidade foi fundada em Jaguariúna, interior de São Paulo, pela médica Joyce Caseiro, que resolveu empreender depois de ver frustrada sua busca por uma residência para o avô. Três anos depois, após estudar junto com o marido economista Pedro Moraes algumas possibilidades de expansão, ela resolveu apostar na franquia.
" Esse modelo traz a proximidade que um negócio de cuidado precisa. Seria muito difícil abrir unidades pelo Brasil mantendo o padrão de atendimento e respeitando as diferenças de costumes regionais " diz Joyce.
Em 2019, a empresa recebeu aporte do fundo SMZTO, de José Carlos Semenzato, que comprou uma fatia de 20%, avaliando o negócio em R$ 10 milhões na época.
Para este ano, a empresa planeja a abertura de mais 40 unidades ou 1,2 mil leitos. A empresa também está testando um piloto com uma gestora interessada em adquirir imóveis, reformar e alugar para os franqueados em contratos de dez anos.
" Dando certo, o plano é lançar um fundo dedicado para potencializar a expansão " diz Pedro Moraes.
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