Martes, 30 de Abril de 2024

Justiça federal devolve mandato a presidente do conselho da petrobras

BrasilO Globo, Brasil 17 de abril de 2024

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), com sede em São Paulo, derrubou ontem a ...

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), com sede em São Paulo, derrubou ontem a decisão da primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele fora afastado na última quinta-feira, mas no dia seguinte a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.
Mendes, que também é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), foi indicado ao colegiado pelo ministro Alexandre Silveira. A dupla função foi o que motivou ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo/SP), sob a argumentação de que ele estaria ilegalmente no cargo porque haveria conflito de interesses entre a Secretaria e a Petrobras. A alegação foi acatada semana passada pelo juízo da primeira instância.
Ontem, o desembargador Marcello Saraiva foi na direção contrária.
"Entendo que a vedação relativa à existência de conflito de interesses deve ser interpretada de forma restritiva, ou seja, entre interesses públicos e particulares, e não entre situações oriundas de desdobramentos de funções públicas, como no caso de Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível do Ministério de Minas e Energia, cuja função é de ordem pública, não caracterizando o alegado conflito de interesses e afronta ao Estatuto Social da Companhia", escreveu o desembargador.
Saraiva, que terá sua decisão analisada por uma turma do TRF-3, afirmou também que a Petrobras, ainda que se trate de sociedade de economia mista, "contempla viés público, pautando-se pela prevalência do interesse público em relação aos interesses particulares dos acionistas".
O afastamento de Mendes veio depois de uma semana de disputa acirrada entre Silveira e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Silveira fez críticas explícitas a Prates pelo que ele considera falta de engajamento do executivo aos projetos do governo, como investimentos na fabricação de fertilizantes, em refino e biocombustíveis. Com a decisão, o governo volta a ter 6 dos 11 assentos no colegiado.
Segundo auxiliares do ministro, o Conselho é fundamental. Cabe ao presidente do colegiado, marcar reuniões extraordinárias, pautar e retirar temas da pauta, e participar de decisões estratégicas.
La Nación Argentina O Globo Brasil El Mercurio Chile
El Tiempo Colombia La Nación Costa Rica La Prensa Gráfica El Salvador
El Universal México El Comercio Perú El Nuevo Dia Puerto Rico
Listin Diario República
Dominicana
El País Uruguay El Nacional Venezuela