Conselho da light aprova novo plano de recuperação
O Conselho de Administração da Light aprovou, na noite de segunda-feira, termos e ...
O Conselho de Administração da Light aprovou, na noite de segunda-feira, termos e condições do novo plano de recuperação judicial. O plano já foi protocolado na Justiça.
O plano prevê o aporte de recursos na Light, mediante aumento de capital e o pagamento integral de credores que, no dia 19 de abril, eram titulares de créditos equivalentes, em 12 de maio de 2023, a até R$ 30 mil.
O plano da Light envolve capitalização no valor de R$ 3,2 bilhões. Deste total, R$ 1 bilhão viria dos acionistas de referência da companhia " Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira, que detêm 65% dos papéis do grupo " enquanto os outros R$ 2,2 bilhões viriam da conversão de dívida em novas ações.
Dessa forma, o plano prevê a conversão de ao menos 35% dos créditos em ações por parte dos credores. A parcela restante dos créditos será remunerado por IPCA mais 5% ao ano, com pagamento em oito anos. Para quem não aderir à conversão, a taxa será de 3% e amortização em 13 anos.
Na primeira versão, apresentada em julho, a previsão era quitar 100% dos créditos daqueles com até R$ 10 mil a receber em 30 dias.
Com a mudança, esse grupo cresce de 25 mil para 28 mil investidores, ou 60% do total. Em valores, contudo, representam apenas R$ 300 milhões da dívida da Light, que é de R$ 11 bilhões.
Do total de dívidas, R$ 5 bilhões envolvem o principal grupo de credores financeiros da Light Sesa, a distribuidora da companhia.
A Light informou que concluiu a assinatura do "acordo de apoio à reestruturação, plano de recuperação judicial", em conjunto com Light SESA, Light Energia e gestores representantes de fundos titulares de debêntures (títulos de dívida) emitidos pela companhia.
A empresa disse que o acordo foi resultado de negociações com credores. Segundo a Light, as partes se comprometeram a "dar suporte à reestruturação proposta e às medidas e ações previstas no novo plano de recuperação judicial".
A assembleia de credores está marcada para quinta-feira.
Com o plano, a dívida cai de R$11 bilhões para R$7,8 bilhões. Há alongamento de dívidas, assim como o período de carência de 3,5 anos, que, segundo fontes, vai permitir maior fôlego financeiro para a empresa. O credor que converter parte da dívida em ações recebe em 8 anos, quem não converter, em 13 anos.