Viernes, 17 de Mayo de 2024

Bc americano não reduz os juros, mas descarta altas

BrasilO Globo, Brasil 2 de mayo de 2024

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou novas preocupações sobre a inflação, ...

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou novas preocupações sobre a inflação, ao mesmo tempo em que indicou que deve manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos elevada por mais tempo, mas não voltar a aumentá-la. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, pela sigla em inglês), do Fed, manteve ontem os juros na faixa entre 5,25% e 5,5% " mesmo patamar desde julho e o maior em duas décadas " após uma série de dados mostrarem a persistência da inflação.
mercado de trabalho
O Fomc ressaltou que é preciso haver mais sinais de estabilização nos preços antes de dar início ao ciclo de cortes nos juros. O índice de gastos pessoais dos consumidores, um dos indicadores mais observados pelo Fed, avançou 2,7% em março na comparação anual. A meta da autoridade monetária é de 2%.
No comunicado, o Fomc ressaltou ainda que o mercado de trabalho continua aquecido. Em março, o índice de desemprego ficou em 3,8%, nas mínimas históricas; o dado de abril será conhecido amanhã.
" Já afirmamos que não avaliamos ser apropriado reduzir a taxa de juros antes de termos maior confiança de que a inflação está se encaminhando, de maneira sustentável, para 2%. Até agora este ano, os dados não nos deram essa maior confiança " disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a reunião do Fomc.
Ele sinalizou que tão cedo não haverá um corte:
" As leituras sobre inflação vieram acima das expectativas. É provável que obter essa maior confiança leve mais tempo do que o esperado anteriormente.
Powell, porém, ressaltou ser pouco provável que o próximo movimento do Fed seja elevar os juros, explicando que seria necessário haver sinais claros de que a taxa atual não conseguirá levar a inflação de volta à meta de 2%:
" Não vemos evidências que sustentem essa conclusão " afirmou.
‘não mordeu a isca’
Para Ronald Temple, estrategista-chefe de mercado da gestora Lazard, a fala de Powell foi perfeita:
" Ele não mordeu a isca para falar sobre alta de juros. Acredito que a abordagem cautelosa do Fomc será vencedora a longo prazo, à medida que a inflação ceder ao longo deste ano.
Krishna Guha, vice-presidente da gestora Evercore, avalia que a mensagem do Fed foi que os cortes de juros "foram adiados, não frustrados."
Powell concluiu afirmando que "restaurar a estabilidade dos preços é essencial para lançar as bases para atingir o pleno emprego e inflação estável a longo prazo."
Mas a decisão do Fed não é boa para o mercado brasileiro. Com juros maiores nos EUA, os investidores tendem a retirar recursos de países emergentes e de maior risco, como o Brasil, para aplicar em títulos americanos.
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