Relembre o ataque
Rumores no feriado
Rumores no feriado
Entre a noite de 6 de outubro e a madrugada do dia 7, fontes de inteligência captam sinais de uma possível ação hostil partindo de Gaza. O chefe do Exército, general Herzi Halevi, é alertado duas horas depois e convoca uma reunião para tratar da ameaça, que termina após uma hora e meia sem concluir se o ataque era iminente ou não. Como era feriado de Simchat Torá, as bases militares do país perto de Gaza estavam com contingente reduzido.
Início da ofensiva
Desde as 6h29 (0h29 em Brasília), o Hamas e outros grupos palestinos lançam um enorme ataque aéreo com mísseis, foguetes e drones. Estimativas apontam para 2,2 mil projéteis disparados. Em paralelo, unidades distintas derrubam setores da cerca de proteção que dividem Gaza e Israel e entram no território por 60 pontos distintos. Ao todo, 2 mil homens participaram da invasão, sendo parte deles por mar e por ar.
Ataques a civis e militares
Aproveitando-se do elemento surpresa, os terroristas do Hamas e de outros grupos armados atacam posições civis e militares. Comunidades rurais e pequenos povoados como Sderot, Nir’Oz e Zikim viram alvos. Em um dos incidentes mais letais, homens armados abrem fogo contra jovens reunidos no Festival Nova, onde cerca de 360 pessoas foram mortas. Entre as vítimas havia três brasileiros: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes.
Alerta de segurança
Apenas às 7h48, mais de uma hora após o início da invasão, o principal porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, anuncia que o país foi invadido. Minutos depois, o então comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, aparece em um vídeo reivindicando a autoria do atentado, revelando o nome dado à operação: "Dilúvio de al-Aqsa". As Forças Armadas Israel anunciam estar prontas para a guerra.
Resposta confusa
Com dificuldade de dimensionar a gravidade da invasão, a ajuda militar começou a chegar a locais mais afetados quase quatro horas depois. Tropas de plantão em bases e delegacias foram ordenadas a resistir " em alguns casos sendo massacradas. Ao todo, 441 militares e policiais foram mortos. Às 10h50, Israel ataca alvos na Faixa de Gaza pela primeira vez. Neutralização da ameaça e retirada dos civis da região ganha tração só à tarde.
Começo da guerra
O premier Benjamin Netanyahu diz que o país está em guerra às 11h35 " declaração oficializada só no dia seguinte. Em 10 de outubro, o Exército anuncia que a ameaça foi eliminada totalmente. O ataque vitimou quase 1,2 mil pessoas e iniciou a guerra em Gaza, que deixou cerca de 42 mil mortos no enclave, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. O conflito se espalhou, com hostilidades em Líbano, Cisjordânia, Iêmen, Síria, Iraque, Irã e no Mar Vermelho.