Chefes de finanças defendem tributação progressiva
Após diferentes reuniões, ministros dos países do G20 divulgaram ontem comunicados ...
Após diferentes reuniões, ministros dos países do G20 divulgaram ontem comunicados conjuntos sobre temas como finanças, comércio e corrupção.
A declaração dos chefes de finanças defende a tributação progressiva como um das principais ferramentas para reduzir desigualdades, fortalecer a sustentabilidade fiscal, facilitar a consolidação orçamentária, promover o crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo. Isso significa taxar mais quem ganha mais , uma das principais bandeiras da presidência do Brasil no grupo das 20 maiores economias do mundo.
A reunião de finanças ocorreu às margens dos encontros anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington. O comunicado também expressa otimismo quanto a um "pouso suave" da economia global e pede combate ao protecionismo. "Observamos boas perspectivas de um pouso suave da economia global, embora vários desafios permaneçam", afirma.
O texto não fez menção à invasão da Ucrânia pela Rússia, há muito tempo um ponto de divisão no grupo, nem aos conflitos envolvendo Israel e o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Uma declaração separada emitida pelo Brasil afirmou que os membros tinham opiniões diferentes sobre se os conflitos deveriam ser discutidos dentro do grupo.
Em outro comunicado, após reunião em Brasília, os ministros de Comércio defenderam a vinculação do comércio à sustentabilidade e a uma maior participação das mulheres no mercado internacional de bens e serviços.
Reunidos em Natal, em outra frente, aprovaram a proposta do Brasil de tratar a corrupção também no setor privado. Os países concordaram em assumir o compromisso de incentivar que as empresas adotem medidas efetivas para prevenir e combater crimes, como suborno, que resultem em benefícios ilícitos ou abuso de poder para ganho pessoal.